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Sociedade Doente? Brutalidade no Ferry-Boat Expõe o Grito Silenciado do Povo

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Por: Nilson Carvalho – Papo de Artista Bahia

 

Em que momento a humanidade desaprendeu a ser humana? Até quando a violência será a resposta imediata para todo conflito, e não a última opção? Essas perguntas ecoaram forte na noite desta quarta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra, quando um episódio chocante tomou conta do terminal do ferry-boat em São Joaquim, em Salvador.

 

Um vendedor ambulante — trabalhador, pai de família ou apenas alguém tentando sobreviver — foi perseguido e brutalmente espancado por seguranças da Internacional Travessias Salvador (ITS). O vídeo correu as redes como um tapa no rosto de toda a sociedade: três homens mascarados, armados com cassetetes, correndo atrás de alguém que, desarmado e vulnerável, tenta escapar do que parece uma caçada humana.

 

Enquanto ele é golpeado no chão, pessoas ao redor gritam, pedem calma, imploram pelo mínimo: dignidade.


Mas dignidade, parece, virou artigo de luxo.

 

O QUE ACONTECEU?

 

Segundo a ITS, o ambulante teria entrado de forma irregular na área de embarque “vendendo uísque de procedência duvidosa”. A empresa afirma ainda que ele teria ameaçado os seguranças e jogado uma garrafa contra eles, justificando a abordagem.

 

Sim, se houve ameaça, ela deve ser investigada.


Mas desde quando ameaça verbal se resolve com três homens mascarados espancando alguém no chão?

Desde quando “procedência duvidosa” de um produto justifica quase linchar alguém?

 

POLÍCIA E SAMU NO LOCAL

 

A Polícia Militar encontrou o ambulante caído, ferido e sem defesa.

O SAMU precisou ser acionado.

E até agora, o estado de saúde dele é mantido no silêncio — silêncio que dói, silêncio que sufoca a verdade.

 

 BENEFÍCIO OU PREJUÍZO PARA A SOCIEDADE?

 

Como ativista social, o que vejo é simples e triste:

 

✔ A violência institucionalizada não traz segurança — traz medo.

✔ Agressão não resolve problemas — multiplica feridas.

✔ Quem deveria proteger está virando agente de opressão.

 

Esse episódio traz um alerta grave: quando trabalhadores pobres começam a ser caçados como criminosos, algo no coração da sociedade já apodreceu.

 

Se o ambulante errou, que responda legalmente.


Mas o que vimos foi excesso, foi abuso, foi crueldade — e isso NÃO pode virar normal.

 

 O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A HUMANIDADE?

 

Estamos adoecendo como sociedade.


Perdemos empatia.

Perdemos diálogo.

Perdemos o entendimento básico de que todo ser humano merece respeito — mesmo quando falha, mesmo quando erra, mesmo quando está à margem.

 

O caminho não é punir o mais fraco com violência, mas garantir que todos tenham direitos básicos, oportunidades, voz e tratamento digno.

 

Se a gente se cala diante da injustiça, vira cúmplice da violência. Compartilhe para que essa dor não se repita.”

 

Foto: Internet


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