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O perigo que cabe na palma da mão: crianças, celulares e a ameaça silenciosa que destrói infâncias

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Por Nilson Carvalho — Jornalista, ativista social, Embaixador dos Direitos Humanos e Cultural


"Todo pai e toda mãe precisam ler esta publicação."


Na correria do dia a dia, muitos pais acreditam que dar um celular para os filhos é apenas um “presente” ou uma “necessidade moderna”. Mas, por trás da tela, existe um mundo sem fronteiras, sem filtros e cheio de armadilhas que podem roubar algo que não tem preço: a infância.

 

A cada dia, cresce o número de crianças expostas precocemente a conteúdos, comportamentos e pressões que pertencem ao universo adulto. É a chamada adultização precoce — um processo silencioso, mas devastador, que compromete o desenvolvimento emocional, psicológico e social das novas gerações.

 

E não se trata apenas de “tempo demais nas redes sociais”. É sobre depressão, ansiedade, sexualização, distorção da autoimagem, perda da criatividade e até risco real de abuso sexual, como mostram casos recentes investigados pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Só nos últimos dias, após denúncias feitas pelo youtuber Felca, houve aumento de mais de 114% nas queixas de pornografia infantil online. É um dado que deveria fazer qualquer pai ou mãe perder o sono.

 

O celular como porta de entrada para o perigo

 

Quando um adulto entrega um smartphone a uma criança, não está apenas dando um brinquedo moderno. Está colocando nas mãos dela um portal para pedófilos, aliciadores e criminosos digitais. Muitos deles se escondem atrás de perfis falsos, utilizando o próprio algoritmo das redes para chegar exatamente a quem procuram: os mais vulneráveis.

 

E não pense que basta “estar em casa” para estar seguro. Hoje, o predador entra na sala, no quarto e até na hora de dormir, sem arrombar portas — basta uma notificação na tela.

 

O papel da família e da sociedade

 

Movimentos como o Desconecta, criado por mães que decidiram não entregar celulares antes dos 14 anos, mostram que resistir é possível. Não é ser “antitecnologia”, é ser pró-infância. É entender que brincar, ler, inventar e conviver são partes insubstituíveis da formação de uma criança saudável.

 

A responsabilidade não é só da família. Escolas, comunidades, governos e plataformas digitais têm o dever moral e legal de criar barreiras contra a exploração infantil online. A regulamentação das redes sociais, anunciada pelo governo federal, é um passo, mas ainda insuficiente diante da velocidade com que a violência digital se espalha.

 

O preço da omissão

 

Quando deixamos de proteger nossas crianças, não estamos apenas colocando em risco indivíduos — estamos comprometendo o futuro de toda uma sociedade. Uma geração que cresce sem viver plenamente a infância carrega marcas para sempre: insegurança, dificuldade de relacionamentos, falta de confiança e, muitas vezes, traumas irreparáveis.

 

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) já prevê punições para quem expõe menores a conteúdos impróprios, mas a realidade digital exige leis mais severas, fiscalização constante e, acima de tudo, consciência coletiva.

 

"Quando um adulto falha em proteger uma criança, toda a humanidade perde um pedaço da sua própria dignidade. Não seja cúmplice pelo silêncio — proteja, fale, denuncie. O futuro delas depende das escolhas que fazemos agora."

 

"Leia, compartilhe e deixe sua opinião — proteger crianças é urgente!"

 

Foto: Internet

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