“ALERTA VERMELHO NA SAÚDE FEMININA: O SILÊNCIO QUE MATA MAIS QUE O CÂNCER”

Por: Nilson Carvalho – Papo de Artista Bahia

A cada ano, um inimigo silencioso avança sobre a vida das mulheres baianas — e quase ninguém fala sobre isso com a seriedade que o tema exige. Enquanto muitos acreditam que o maior risco para elas é o câncer de mama, a verdade é ainda mais dura: o AVC (Acidente Vascular Cerebral) mata mais mulheres do que qualquer outra doença, e esse risco explode durante a menopausa.

Sim, você leu certo. Na Bahia, entre 2021 e setembro de 2025, a mortalidade feminina por AVC ultrapassou a masculina, segundo o Datasus. E o mais alarmante: esses números não param de crescer conforme a idade avança.

 O QUE AS MULHERES NÃO ESTÃO SENDO AVISADAS?

Quando o último ciclo menstrual chega, não é só a menstruação que vai embora — vai embora também a proteção natural do corpo. O estrogênio e a progesterona, hormônios que regulam tudo, desde o colesterol até a gordura corporal, começam a cair drasticamente.

O corpo muda. A saúde muda.

E, muitas vezes, ninguém explica isso às mulheres.

Dr. Jamary Oliveira, neurologista do Hospital Mater Dei Salvador, reforça: os sintomas de AVC em mulheres idosas são diferentes, mais difíceis de reconhecer, mais fáceis de ignorar.

Confusão mental, tontura, fraqueza repentina… sinais que, muitas vezes, são encarados como “coisa da idade”.

Enquanto isso, o tempo corre — e um AVC não espera.

 SISTEMA DE SAÚDE FALHA. MULHERES PAGAM O PREÇO.

A cada minuto sem tratamento, aumenta o risco de sequelas permanentes e morte.

Mas, para muitas mulheres, o diagnóstico chega tarde demais.

Os tratamentos que salvam vidas — como trombólise e trombectomia — não são aplicados a tempo, porque a urgência não é reconhecida.

E quando se soma isso ao fato de que mulheres têm vasos mais finos, maior tendência à obstrução em microvasos e mais comorbidades na velhice…

A equação é fatal.

 MAS EXISTE ESPERANÇA — E ELA COMEÇA COM INFORMAÇÃO

Estudos mostram que até 90% dos AVCs podem ser prevenidos com atitudes simples, acessíveis e possíveis para qualquer pessoa:

✔️ Controlar hipertensão, diabetes e colesterol

✔️ Praticar atividade física 30 minutos por dia

✔️ Melhorar a alimentação e o sono

✔️ Consultas regulares

✔️ Reposição hormonal na menopausa, quando indicada

✔️ Atenção redobrada aos primeiros sinais

A cardiologista Carolina Thé reforça que a reposição hormonal, feita corretamente, reduz eventos cardiovasculares, melhora massa muscular e previne osteoporose — fatores que influenciam diretamente na saúde global da mulher.

 UM ALERTA QUE PRECISA ECOAR NA BAHIA INTEIRA

As mulheres estão morrendo por falta de orientação, diagnóstico rápido e cuidado especializado.

Esse é um problema social, estrutural e urgente.

Não é só medicina: é respeito. É vida. É sobrevivência feminina.

“Se a informação salva vidas, compartilhe esta matéria e seja a voz que pode salvar a próxima mulher.”

Foto: Internet