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Vergonha Nacional: Músicos Baianos Denunciam Calote de Mais de R$ 200 Mil do Governo do Estado

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Por: Jornalista Nilson Carvalho – Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura, Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

 

Até quando os artistas terão que ser humilhados e enganados neste país? Em tempos de internet, onde tudo parece ser maquiado, a verdade insiste em gritar e rasgar as máscaras: músicos baianos estão sem receber cachês de shows contratados pelo próprio Governo do Estado da Bahia.

 

A denúncia escandalosa partiu do cantor Gernàrd Melo, que expôs nas redes sociais o calote de aproximadamente R$ 200 mil – referentes a seis apresentações, incluindo um show no São João do ano passado no Pelourinho e outros de antes mesmo da pandemia.

 

"Peguei empréstimo de R$ 50 mil acreditando na promessa de pagamento. Hoje, além da dívida, enfrentei depressão e precisei vender comida no Ifood para sobreviver", desabafou o artista, ecoando a dor de muitos que vivem da música.

 

O eco do silêncio e a avalanche de denúncias

 

A coragem de Gernàrd abriu a porteira: dezenas de músicos relataram passar pela mesma situação. O forrozeiro Valney José, do Vale do Jiquiriçá, por exemplo, esperava receber R$ 8 mil por um show no São João de 2024, mas ficou apenas com dívidas. "Investi R$ 5 mil e não tive retorno. Muitos não denunciam por medo de represália e de nunca mais serem contratados", contou.

 

O advogado Paulo Aguiar, que acompanha artistas na Justiça, reforça: “Esse problema vem desde a antiga Bahiatursa. Muitos shows realizados em 2018 e 2019 até hoje não foram pagos. É preciso recorrer judicialmente para garantir os direitos.”

 

 Favorecimento, notas frias e artistas locais invisíveis

 

Além do atraso nos pagamentos, há denúncias ainda mais graves: favorecimento a grandes bandas e propostas de emissão de notas fiscais frias para justificar contratações com dinheiro público. Enquanto isso, os artistas locais seguem marginalizados.

 

 A omissão do Estado

 

A recém-empossada direção da Sufotur, órgão responsável pelas contratações, ainda não respondeu às denúncias. O fato é que o Tribunal de Contas do Estado já havia desaprovado as contas da antiga Bahiatursa em vários anos, determinando devolução de valores por irregularidades.

 

E quem paga essa conta? O povo baiano e os artistas, que veem seus sonhos, sua arte e sua dignidade sendo usados como moeda de troca política.

 

A luta continua

 

A música é resistência, é alma do povo, é patrimônio cultural. Calar os artistas é calar a voz da Bahia, do Brasil. Esse calote não é apenas financeiro: é um crime contra a cultura e contra a dignidade humana.

 

Até quando a cultura será tratada como espetáculo de ilusão, onde só quem brilha é a maquiagem do poder?

 

Compartilhe esta matéria! Vamos juntos dar voz a quem sempre embalou nossas festas, mas hoje sofre em silêncio.

“O silêncio protege a verdade ou alimenta a mentira?”

 

Foto: Internet

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