Salvador sob Tiros: 85% dos Bairros Vivem Violência Armada em 2025
- Nilson Carvalho
- há 6 horas
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Por: Papo de Artista Bahia
A capital baiana, conhecida por sua riqueza cultural e alegria contagiante, convive hoje com uma realidade dura e assustadora: 146 bairros registraram trocas de tiros entre janeiro e agosto de 2025, o que representa 85% dos logradouros da cidade. No total, foram 856 tiroteios, resultando em 647 mortes e 188 feridos.
Os bairros Tancredo Neves, Lobato e Mussurunga lideram o ranking da violência, com mais de 25 confrontos em cada um, enquanto apenas 25 bairros não registraram tiroteios neste ano, entre eles Pituaçu, Stiep, Amaralina e Vitória.
Para o integrante da Rede de Observatórios da Segurança, Dudu Ribeiro, os números revelam algo mais profundo: “Estamos diante de uma violência crônica que atinge sobretudo os bairros periféricos e mais negros, que sofrem com múltiplas formas de violência institucional. A disputa pelo mercado de drogas e armas, combinada com decisões equivocadas na gestão pública, expõe o povo a riscos diários.”
O professor e especialista em segurança Horácio Hastenreiter reforça que a dinâmica do crime organizado espalha o medo: quando facções disputam territórios, a população é diretamente impactada. Apenas a presença de um grupo consolidado consegue reduzir conflitos, como mostra o exemplo de São Paulo.
Dudu alerta que a saída não está apenas na repressão: é urgente fortalecer ações de inteligência, políticas de cidadania e proteção da vida, garantindo educação, assistência social e saúde, inclusive para quem cumpre pena. “A segurança precisa priorizar a vida e os direitos do cidadão”, enfatiza.
A Secretaria de Segurança Pública informou que houve aumento de 20% na apreensão de armas e uma redução de 6% em homicídios, mas os números mostram que o desafio ainda é imenso.
“Enquanto a bala fala, a cidade chora — é hora de proteger vidas, não territórios.
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Foto: Internet
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