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“O homem que venceu o impossível: após sentir incômodo com o cinto de segurança, José descobriu um câncer de mama e transformou dor em esperança”

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Por: Nilson Carvalho | Papo de Artista Bahia

 

Às vezes, a vida sussurra antes de gritar.


Foi assim com José Simões, hoje com 79 anos, morador de Jacareí (SP). Um simples incômodo no peito, causado pelo cinto de segurança do carro, mudou completamente sua história — e a forma como ele enxerga a vida.

 

Na década de 1990, quando pouco se falava sobre o tema, José descobriu algo que jamais imaginou ouvir de um médico: câncer de mama.

Sim, homens também podem desenvolver a doença, embora representem apenas 1% dos casos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

 

O medo, a fé e a descoberta

 

“Quando o médico me disse que eu tinha câncer de mama, meu filho mais novo estava no meu colo. Meu maior medo era não ver meus filhos crescerem”, relembra José, com emoção.

 

O diagnóstico caiu como uma tempestade. Aos 47 anos, pai de três crianças, ele precisou enfrentar um tumor agressivo. Foram 40 sessões de radioterapia, uma cirurgia de retirada da mama direita e incontáveis dias de angústia — até que, em 1998, recebeu a notícia que esperava: estava curado.

 

“Foi uma batalha longa e difícil, mas Deus, os médicos e minha família me deram força. Sou devoto de Nossa Senhora Aparecida, e tenho certeza de que ela me guiou nessa caminhada”, afirma com gratidão.

 

Da vergonha ao orgulho

 

Mesmo curado, José viveu outro tipo de luta: a do preconceito.


“Por não ter uma mama, tinha vergonha de ficar sem camisa. Evitava a praia, me escondia. Foi um processo longo até entender que a cicatriz era o símbolo da minha vitória.”

 

Anos depois, ele transformou sua dor em propósito.


Em 2021, participou de uma campanha do São Paulo Futebol Clube durante o Outubro Rosa, representando todos os homens que enfrentam o câncer de mama. O clube o homenageou, levando José e o filho — também são-paulino — para assistir a um jogo no Camarote dos Ídolos, no Morumbi.

 

“Ver meu pai vencer o preconceito e contar sua história com orgulho foi o maior gol da vida dele”, contou o filho, emocionado.

 

Um exemplo que inspira o Brasil

 

A história de José é mais do que um relato de superação: é um alerta e um convite à consciência.


O câncer de mama não escolhe gênero — e quanto antes for detectado, maiores são as chances de cura.


O toque, a atenção e a prevenção salvam vidas.

 

Em tempos de tanta correria, o corpo ainda é o primeiro a nos avisar quando algo está errado.


José ouviu o chamado e hoje é prova viva de que fé, coragem e amor podem vencer até o impossível.

 

 “Homens também choram, lutam e vencem. Que a história de José desperte em todos nós o poder de ouvir o corpo e acreditar na cura.”

Leia a reportagem e compartilhe essa história de fé e superação.

Foto: Internet


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