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"BYD e o Preço da Esperança: Quando um Carro Vira Sonho ou Ilusão"



Em um mundo onde a sustentabilidade é urgência e a mobilidade é esperança, a montadora chinesa BYD abalou o mercado ao anunciar uma redução de até 34% nos preços de seus carros elétricos na China. Um movimento agressivo que evidencia não só a concorrência acirrada no setor, mas também o abismo entre o que é produzido globalmente e o que é acessível localmente.

 

O modelo Seagull, por exemplo, que pode ser comprado por apenas R$ 44 mil na China, é vendido no Brasil com o nome Dolphin Mini por até R$ 122.800 — quase três vezes mais caro. Essa disparidade escancara uma ferida silenciosa: o brasileiro sonha com o futuro, mas paga caro para alcançá-lo.

 

Enquanto na China os carros elétricos já são tratados como necessidade pública e incentivo ecológico, no Brasil, ainda são privilégio. São poucos os que conseguem trocar o tanque por tomada, o barulho pelo silêncio do motor limpo. A pergunta que ecoa é: por que o mesmo carro custa tão diferente para pessoas com a mesma necessidade de viver com dignidade?

 

A queda nas ações da BYD e o temor dos investidores revelam que, mesmo num mercado com recordes de vendas, a acessibilidade ainda é frágil. O consumo consciente precisa ser mais do que propaganda — precisa caber no bolso de quem trabalha honestamente.

 

O carro elétrico não deveria ser um luxo verde. Deveria ser o passo natural de um país que diz querer futuro.

 

“Quando o futuro é inacessível, não é o carro que está caro — é o sistema que está atrasado. Que o progresso não seja só para quem pode pagar, mas para quem precisa sonhar.”

 

Foto: Internet

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Publicado por: Jornal Papo de Artista Bahia

Texto: Jornalista Nilson Carvalho – Embaixador dos Direitos Humanos

 
 
 

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