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“Alienígena” na Cultura da Bahia: artistas denunciam descaso do governo Jerônimo e exigem políticas permanentes

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Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos humanos e da cultura Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro  

 

A Bahia, conhecida mundialmente como berço de ritmos, cores e tradições que moldaram a cultura brasileira, vive um momento de tensão entre seus artistas e a gestão pública. Um manifesto assinado por mais de 100 profissionais, incluindo nomes como Jackson Costa, Almandrade, Bertrand Duarte e Aicha Marques, acusa a Secretaria de Cultura (SECULT) de atuar sem planejamento, orçamento próprio e diálogo com o setor, descrevendo a atual condução da pasta como centralizada, fragmentada e “alienígena”.

 

O alvo principal das críticas é o secretário Bruno Monteiro, apontado como alguém sem trajetória na área cultural, incapaz de entender as necessidades e complexidades da produção artística baiana. Segundo o documento, a política pública atual estaria subordinada a interesses partidários imediatistas e dependente de verbas emergenciais, sem oferecer estratégias permanentes para o desenvolvimento cultural do estado.

 

O manifesto denuncia um “desmonte progressivo” da cultura, citando dados do Observatório de Economia Criativa da Bahia (OBEC) que mostram redução sistemática de investimentos. Os artistas pedem ações concretas, como:

 

Criação de uma política de Estado para a cultura, com linhas de apoio permanentes;

 

Inclusão de recursos próprios no orçamento estadual;

 

Publicação de parâmetros claros e democráticos para seleção de projetos;

 

Realização periódica e calendarizada de editais culturais;

 

Continuidade de projetos e regulamentação imediata do Plano Estadual de Cultura.

 

Além da falta de investimento, os artistas alertam para o risco de apagamento histórico e exclusão social. Eles reforçam que a cultura não é apenas espetáculo, mas direito legítimo de expressão e memória coletiva.

 

A pressão cresce, mas até o momento, o governo não respondeu oficialmente ao manifesto. Para a comunidade artística e para os cidadãos que reconhecem a importância da cultura na formação da identidade baiana, o momento exige mobilização, vigilância e união.


 Quando a cultura é negligenciada, o futuro de uma sociedade inteira corre o risco de perder sua voz — e a Bahia merece ser ouvida.


Foto: Internet

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