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Saúde em colapso: Abrantes expõe o descaso que atravessa todo o município de Camaçari

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Por: Dimas Carvalho – Colunista do Jornal Papo de Artista Bahia e Ativista Social.


Na manhã desta segunda-feira (14), a Escola Eliza de Azevedo, em Vila de Abrantes, foi o cenário de um grito coletivo que ecoa por todo o município de Camaçari. Reunidos com representantes da Secretaria de Saúde (Sesau), moradores, profissionais e lideranças comunitárias revelaram, em detalhes, a face cruel da precariedade que assola o sistema de saúde. O encontro, que deveria servir para planejar melhorias, acabou escancarando a negligência que custa vidas.

 

Um descaso que mata silenciosamente


Entre as denúncias mais graves está a ausência de uma ambulância fixa na zona rural, uma falha que, na prática, significa o abandono de pessoas que vivem em localidades afastadas e que dependem de socorro urgente. Farmácias públicas vazias deixam pacientes sem os medicamentos mais básicos. Em algumas unidades, a situação é tão absurda que falta até impressora para emitir uma receita – um detalhe que simboliza o tamanho do desrespeito com quem precisa de tratamento.

 

Estruturas precárias, profissionais sobrecarregados


Os servidores, que diariamente tentam fazer o impossível, relataram problemas como desvios de função, internet instável que paralisa o agendamento de consultas e exames, além da falta de tablets para os agentes comunitários que deveriam monitorar famílias vulneráveis. O resultado é um ciclo de desinformação e atraso que atinge, principalmente, quem mais precisa.

 

Especialistas inexistentes e regulação falha


A regulação municipal continua lenta, ineficiente e incapaz de atender a demanda. Faltam neurologistas, reumatologistas e políticas públicas voltadas para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A Unidade de Saúde da Família (USF) de Fonte da Caixa, por exemplo, funciona em condições deploráveis, colocando em risco tanto os profissionais quanto os pacientes.

 

Adoecimento coletivo sem resposta


Lideranças comunitárias alertaram para um aumento expressivo de doenças crônicas, transtornos mentais e sofrimentos psíquicos, especialmente entre crianças e adolescentes. Um pedido urgente foi feito: a implantação de um CAPS Infantil e a ampliação imediata da oferta de exames especializados.

 

Um problema que vai além de Abrantes


Essa realidade não é isolada. Ela é um reflexo de um sistema municipal que falha em garantir o básico: o direito à vida. O poder público não apenas se mostra ausente, mas conivente com uma estrutura que adoece, humilha e mata silenciosamente.

 

Quando a saúde pública deixa de ser prioridade, o respeito pela vida humana também desaparece.


Leia, compartilhe e reflita: até quando vamos permitir que o descaso seja a regra e a dignidade a exceção?


Foto> Internet

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