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Quando o Voto Vira Alvo: Tentativa de Assassinato Contra Vereador Escancara o Medo que Avança na Bahia

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Por: Nilson Carvalho

 

Mais uma vez, a violência ultrapassa todos os limites e atinge o coração da democracia. Na noite de sexta-feira (26), em Alagoinhas, o vereador Anderson Carlos da Silva Carvalho, conhecido como Anderson Xará (PP), foi alvo de uma tentativa de assassinato enquanto estava dentro de um carro, no bairro Santa Terezinha. Um atentado covarde que não fere apenas uma pessoa, mas assusta toda a população.

 

Segundo a Polícia Militar, homens armados se aproximaram em outro veículo e efetuaram diversos disparos contra o automóvel do parlamentar. Por pouco, o pior não aconteceu. O vereador sobreviveu, sofreu apenas estilhaços e, visivelmente abalado, gravou um vídeo em frente à delegacia para tranquilizar amigos, eleitores e a cidade inteira:

 

“Estou bem. Deus protege.”

 

Mas a pergunta que ecoa nas ruas é mais forte do que qualquer vídeo de alívio: até quando representantes do povo precisarão sair de casa sem saber se voltam vivos?

 

A Polícia Civil investiga o caso e realiza diligências para identificar os autores e a motivação do crime. A Câmara Municipal de Alagoinhas se manifestou com nota de solidariedade, repudiando toda forma de violência e reafirmando o compromisso com a democracia e o diálogo. Palavras importantes, mas que precisam vir acompanhadas de ações firmes e respostas rápidas.

 

Anderson Xará foi eleito em 2024 com 1.494 votos. Cada um desses votos representa a confiança de cidadãos que acreditam na política como ferramenta de transformação. Quando um vereador é atacado, o recado é direto: querem silenciar vozes, intimidar mandatos e espalhar medo.

 

Sob o olhar de um ativista social, é impossível não enxergar o impacto disso para o povo. A violência política enfraquece a democracia, afasta pessoas de bem da vida pública e normaliza o terror como linguagem de poder. Quem perde não é só o político atacado — perde a comunidade, perde a cidade, perde o futuro.

 

Não podemos aceitar que tiros falem mais alto que o diálogo, nem que o medo substitua o direito de representar e ser representado. A Bahia não pode continuar sendo manchete pelo sangue, pela bala e pela impunidade.

 

Quando a política vira alvo de bala, é a democracia inteira que sangra. Você vai se calar ou vai compartilhar essa indignação?

 

Foto: Internet


2 comentários


MÁRCIA
há 2 dias

Precisamos desarmar a população. Esse tanto de arma só incita a violência.

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Nascimento
há 3 dias

Sei que não é com este tipo de atitude que deve ser resolvido os problemas. mas, preferia saber a motivação da tentativa de homicídio.

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