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PIX Mais Seguro: Nova Regra do Banco Central Traz Proteção, Mas Também Exige Atenção do Usuário

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Por Nilson Carvalho – Jornalista, Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura

 

Uma mudança silenciosa, mas com potencial de proteger milhões de brasileiros contra fraudes e golpes digitais.

 

A partir desta terça-feira, 1º de julho, entrou em vigor uma nova regra no sistema de transferências via Pix que promete reforçar a segurança de quem movimenta dinheiro digitalmente — e, ao mesmo tempo, exige maior atenção, principalmente de quem ainda enfrenta dificuldades com inclusão digital.

 

Segundo a Resolução BCB nº 457, publicada em março, qualquer novo cadastro ou alteração de chave Pix — seja por CPF, CNPJ, e-mail, telefone ou aleatória — só será validado se o nome vinculado estiver exatamente igual ao registro da Receita Federal. Em outras palavras, não haverá mais espaço para erros de digitação, apelidos ou nomes divergentes entre os sistemas.

 

Essa atualização, que se tornará obrigatória para todas as instituições financeiras do Brasil, vem como resposta às crescentes tentativas de fraude: criminosos estavam utilizando CPFs de pessoas falecidas, dados de empresas inativas ou informações incompletas para criar chaves falsas e aplicar golpes.

 

Com a nova verificação direta na base da Receita, a chave só será cadastrada se os dados forem autênticos, ativos e coerentes com a identidade real do titular.

 

 Mas o que parece apenas um ajuste técnico, toca em uma ferida aberta do país: a exclusão digital.

 

Milhares de brasileiros ainda enfrentam dificuldades para atualizar dados, entender exigências bancárias ou acessar serviços digitais — especialmente os mais pobres, idosos e moradores de áreas rurais. Se por um lado a medida aumenta a proteção do sistema, por outro, pode dificultar o uso do Pix por quem mais precisa dele: o trabalhador informal, o microempreendedor, o agricultor de subsistência.

 

O Banco Central dá um passo necessário para conter fraudes. Mas é papel do Estado, dos bancos e da sociedade civil garantir acesso, orientação e suporte para que ninguém fique para trás. Porque a verdadeira segurança é aquela que protege a todos — e não apenas os mais conectados.

 

“Não basta proteger o dinheiro, é preciso proteger as pessoas. Compartilhe esta mensagem, oriente quem precisa e lembre-se: segurança digital também é um direito humano.”

Foto: Internet

 

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