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Pastor causa revolta com fala racista em evento religioso: “Branquinha é mais cara”

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Por: Jornalista Nilson Carvalho — Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura, Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

 

No último sábado (9), em Itaituba, no oeste do Pará, um episódio lamentável acendeu o alerta para um problema que insiste em ferir a dignidade humana: o racismo travestido de “brincadeira”.

Durante o congresso feminino da Assembleia de Deus, o pastor Océlio Nauar declarou para um público majoritariamente de mulheres que “branquinha é mais cara”, insinuando que mulheres brancas demandariam mais gastos que as negras. O comentário, seguido de risos, foi registrado e rapidamente viralizou nas redes sociais, causando indignação em todo o país.

 

Não é só sobre a cor da pele


Para muitos, essa fala reforça preconceitos históricos e alimenta estereótipos que, há séculos, colocam mulheres negras em posição de inferioridade — como se fossem “mais baratas” ou “menos trabalhosas”.

 

Quando um líder religioso, figura de confiança e influência, reproduz esse tipo de discurso, não é apenas um erro isolado. É a perpetuação de um sistema que já oprime e silencia.

 

Internautas e fiéis reagiram com firmeza:

 

“Lamentável e preconceituoso. A palavra de Deus é para ser pregada com amor e sabedoria, não para reforçar divisões”, comentou uma seguidora.

 

“As igrejas precisam rever seus critérios. Um pastor sem preparo pode destruir vidas e manchar o evangelho”, disse outra.

 

O impacto vai além da polêmica


Falas assim minam a luta por igualdade racial e de gênero. Em um país onde o racismo estrutural já tira oportunidades, diminui salários e até ceifa vidas, ouvir isso dentro de um templo é mais do que ofensivo — é perigoso.

A religião deveria ser espaço de acolhimento, cura e reconciliação, não de reforço a estigmas.

 

 Por que devemos falar sobre isso?

 

Porque silenciar diante desse tipo de situação é permitir que ela se repita. É preciso cobrar responsabilidade de líderes, denunciar atitudes discriminatórias e lembrar que fé e respeito andam juntos.

 

Respeitar o próximo não é opção, é obrigação. Que possamos construir um país onde a cor da pele não defina valor, preço ou dignidade.


Compartilhe esta matéria. A mudança começa quando a gente expõe a injustiça.

Foto: Internet

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