Operação Barricada II: Quando a luta contra o crime se mistura com o direito de viver em paz
- Nilson Carvalho

- 25 de jul.
- 2 min de leitura

Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos humanos
Mais de 15 ruas foram desobstruídas em Salvador durante a Operação Barricada II, ação da Polícia Civil com apoio da Guarda Municipal e do Departamento de Polícia Técnica. O objetivo? Devolver a liberdade de ir e vir aos moradores dos bairros de Tancredo Neves, Narandiba e Engomadeira, que convivem com o medo imposto por grupos criminosos.
Tratores e equipes removeram pedras, entulhos, carcaças de geladeiras e móveis velhos – barreiras erguidas para impedir o avanço das forças policiais e, mais do que isso, para oprimir comunidades inteiras, limitando até a passagem de ambulâncias e bombeiros.
Mas por trás das barreiras físicas, existe uma barreira ainda maior: o silêncio forçado pelo medo.
Esses bairros, como tantos outros na capital baiana, vivem o dilema de quem precisa trabalhar, estudar e sobreviver, mas é refém de uma violência que se alimenta da ausência do Estado. Quando traficantes instalam fios improvisados para monitorar ruas e intimidar moradores, não estamos apenas falando de crime, mas de uma violação direta do direito à liberdade, à segurança e à dignidade humana.
O delegado Marcos Tebaldi reforçou que as investigações seguem para identificar os responsáveis. Mas a pergunta que ecoa é: até quando vamos precisar de operações emergenciais para garantir o básico?
A cada entulho retirado, esconde-se uma história de mães que deixam de levar seus filhos à escola, idosos que não conseguem acesso a atendimento médico e trabalhadores que perdem a paz no caminho para casa.
Segurança pública não pode ser apenas a reação à criminalidade. Precisa ser a presença constante de políticas sociais, educação, oportunidades e diálogo com as comunidades que sofrem na linha de frente da violência urbana.
A paz não é só ausência de barricadas, mas a presença de esperança.
Compartilhe e reflita: quantas barreiras invisíveis ainda precisamos derrubar para que todos tenham o direito de viver livres do medo?
Foto: Internet







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