Onde se encaixa a Primeira-Dama como artista?
- Nilson Carvalho
- 22 de mai
- 1 min de leitura

Em um país onde milhões de artistas lutam todos os dias por espaço, visibilidade e respeito, surge uma pergunta que incomoda — e precisa ser feita:
A Primeira-Dama é artista... por nome, ou por essência?
Ser artista é carregar a dor do mundo no peito e transformá-la em beleza.
É viver da sensibilidade, muitas vezes na invisibilidade.
É subir no palco da vida com a alma exposta, mesmo quando falta o aplauso.
A Primeira-Dama ocupa um lugar de influência. Mas em um país onde a cultura é constantemente deixada à margem, o que sua arte representa?
Representa um coletivo ou um privilégio?
Ecoa as vozes silenciadas ou apenas repete o conforto de quem já tem palco garantido?
Não se trata de desmerecer talentos individuais.
Mas sim de perguntar:
Quando a arte é usada como adorno, ela ainda cumpre seu papel de resistência?
Artista é quem move, emociona, transforma.
Não quem apenas se apresenta.
E você, que respira cultura e vive de criar, já teve o mesmo espaço, a mesma oportunidade, o mesmo olhar da mídia?
Estamos valorizando a arte… ou apenas os títulos?
⠀
No fim, o que diferencia o artista da performance?
Talvez a verdade.
⠀ Afinal, onde começa o artista — e onde termina o papel que foi entregue a ele?
"Ser artista não é ter um título — é carregar no peito a coragem de transformar dor em arte, mesmo sem holofotes." NC.
Foto: CNN
Texto: Artista Plástico Jornalista Nilson Carvalho
Comments