José Cupertino Filho o Colunista: QUAL O PRÓXIMO LANCE?

Quantas dúvidas, incertezas e apreensões, os acontecimentos que hoje avassalam o Brasil, trazem para a população que tem acesso a uma boa informação e compreende a real dimensão dos fatos.

Essa polêmica entre o Brasil e os Estados Unidos, ainda pode ir muito longe, a depender das declarações do presidente, enxergamos um futuro sombrio no campo das negociações, pois o chefe do poder executivo, que disse que resolveria a guerra entre a RÚSSIA E UCRÂNIA, tomando uma cervejinha com os presidentes dos dois países, se mostra agora sem disposição ou competência para resolver esse imbróglio com os americanos, que ameaçam taxar as exportações brasileiras em 50%.

Declarando que pode partir para um contra-ataque, utilizando a reciprocidade no tratamento das exportações americanas.

Ainda para aumentar a confusão, o presidente americano, vincula essa decisão aos fatos relacionados ao nosso Judiciário, que ele classifica como um colegiado, que vem tomando decisões antidemocráticas, maculando os direitos constitucionais dos cidadãos brasileiros, assim como medidas que avançaram sobre empresas e cidadãos americanos ou que vivem nos Estados Unidos e mais ainda parte para uma defesa escancarada ao ex-presidente Bolsonaro, que responde como réu em um processo que corre célere no STF.

Todos esses ingredientes só servem para aumentar o clima de tensão e as divergências de opiniões, sobre o direito dos USA se meterem com os assuntos do judiciário brasileiro, uns são contra alegando uma invasão e um desrespeito à soberania do Brasil, outros defendem que a intervenção é válida, pois do jeito que vem se comportando o judiciário, com atitudes fora do habitual, muitas vezes se valendo de decisões monocráticas , onde um e sempre o mesmo ministro é o ator principal, e da forma que o executivo tem recorrido ao judiciário para anular decisões do congresso nacional, como foi o caso do decreto presidencial sobre o IOF, que foi derrubado pela câmara e restaurado pelo judiciário, enfraquecendo de forma desmoralizante o poder que em uma democracia deve ser o de maior força, pois ali estão os representantes do povo que foram votados para em nome do povo exercerem as suas prerrogativas e se assim não acontece, entende-se que a democracia está sendo enfraquecida e ameaçada.

Então o que assistimos nesses últimos seis dias foi uma mostra de que a caldo pode engrossar.

O judiciário em revide a uma carta do presidente Trump para Bolsonaro, declarando o seu apoio e repúdio às atitudes contra ele impetradas pelos ministros togados, autoriza uma busca e apreensão na residência do ex-presidente e em seguida obriga o réu ao uso de tornozeleira eletrônica.

Em contra partida o governo americano revoga os vistos de entrada em território estadunidense de 8 dos 11 ministros do supremo, 2 membros da polícia federal, um ministro do governo federal e de um senador, ex presidente do senado.

Dando mostras que não vai retroceder, aí fica o Brasil, no meio dessa confusão, onde se esse embate não for resolvido de maneira satisfatória, ainda veremos alguns lances de parte a parte, sem saber para que lado vai pender a balança.

Enquanto os poderosos se digladiam, colocando acima dos interesses do povo, seus caprichos e vaidades, medindo forças, com egos inflados e arrogância à flor da pele cabe ao povo rezar e pedir a DEUS que entre na causa, e dê a esses homens, clarividência suficiente, para entenderem que todas essas brigas são inócuas e desnecessárias e que isso cada vez mais afasta o nosso mundo do modelo que DEUS planejou.

Não percam a FÉ.

Até breve e um forte abraço

José Cupertino Filho