GREVE DOS MÉDICOS EM SALVADOR É SUSPENSA, MAS A SAÚDE PÚBLICA CONTINUA DOENTE
- Nilson Carvalho

- 1 de ago.
- 2 min de leitura

Por Redação Papo de Artista Bahia – com o olhar de quem luta pelo povo
Depois de um dia de paralisação que sacudiu cinco grandes hospitais da capital baiana, os médicos decidiram suspender a greve. Mas calma: isso não significa que os problemas acabaram. O que está acontecendo é muito mais profundo, e quem mais vai sentir na pele — como sempre — é o povo.
Entenda a situação:
Cerca de 500 médicos que trabalhavam sob regime CLT (com direitos como férias, 13º e licença maternidade) foram surpreendidos com a ruptura do contrato entre a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) e o INTS (Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde). Resultado? Estão prestes a perder todos os direitos trabalhistas conquistados.
A categoria fez um movimento de paralisação restrita e cuidadosa: não foram atendidos apenas os casos de baixa urgência (fichas verdes e azuis), e nenhuma vida foi colocada em risco, segundo o sindicato.
A Justiça interveio
Com uma liminar do Tribunal de Justiça da Bahia, a greve foi considerada ilegal, e uma multa de R$ 50 mil por dia foi imposta ao movimento. Resultado: os médicos recuaram e voltaram aos plantões. Mas os problemas continuam e o impasse ainda não foi resolvido.
O Sindimed, sindicato que representa a categoria, propõe um contrato emergencial, seja via REDA (temporário) ou com uma empresa terceirizada em regime CLT, até que uma nova licitação seja realizada. Mas a Sesab, por sua vez, alega que o sindicato está gerando "insegurança e desinformação".
O que está em jogo de verdade?
Quando falamos de saúde pública, não dá pra olhar só o lado técnico. O que está em jogo é o atendimento digno ao povo. E mais: a valorização dos profissionais que estão na linha de frente, que sofrem com jornadas exaustivas, salários defasados e contratos inseguros.
Essa crise não afeta só os médicos. Ela bate direto na porta do povo pobre, que já enfrenta filas intermináveis, superlotação e abandono nas unidades de saúde. Se os profissionais estão desvalorizados, quem paga é o paciente.
Como ativistas sociais, perguntamos:
Por que contratos com garantia de direitos estão sendo encerrados sem diálogo real?
Por que a saúde pública ainda depende de modelos frágeis, instáveis e sem transparência?
Onde está o compromisso com a dignidade humana, tanto do trabalhador quanto do paciente?
Não dá pra aceitar calado!
Essa história não é só dos médicos. É de todos nós.
Porque quando a saúde adoece, o povo é quem sofre.
"Saúde não é favor, é direito! E profissional valorizado é atendimento com dignidade."
Compartilhe, discuta, reflita. O silêncio também mata.
Leia a matéria completa no Papo de Artista Bahia e entenda por que essa luta também é sua.
Foto: Internet







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