Fim de uma era: Viação Regional e Jauá encerram atividades e deixam milhares de baianos sem rumo certo
- Nilson Carvalho

- 4 de ago.
- 2 min de leitura

Por Nilson Carvalho l Jornalista| Papo de Artista Bahia
Mais de 100 cidades afetadas, centenas de pais e mães de família desempregados e milhões de passageiros sem garantias. O que realmente está por trás do encerramento dessas linhas?
O anúncio do encerramento das atividades das empresas Viação Regional e Viação Jauá, que operam há quase três décadas no transporte intermunicipal da Bahia, caiu como uma bomba no colo do povo. O comunicado, feito nas redes sociais de forma fria e sem explicações claras, gerou apreensão, revolta e um vazio no coração de quem depende desses ônibus todos os dias pra viver, trabalhar, estudar e cuidar da vida.
Essas duas empresas movimentam mais de 2 milhões de passageiros por ano e empregam cerca de 300 pessoas diretamente. Mais do que números, estamos falando de vidas. Gente que vai perder o sustento. Gente que vai ficar sem alternativa de transporte de um dia pro outro. Gente que simplesmente foi deixada pra trás, sem sequer uma explicação concreta.
O que está em jogo não é só transporte — é dignidade!
Sob o olhar de um ativista social, a situação é grave. Não podemos tratar isso como uma simples mudança de empresas. Estamos falando de comunidades inteiras que dependem dessas linhas para ter acesso à saúde, educação e emprego.
Cidades como Camaçari, Feira de Santana, Alagoinhas, Paulo Afonso, Candeias, e muitas outras vão sentir o impacto direto. Afinal, quem garante que essas "outras empresas" que vão assumir as linhas vão manter os mesmos horários, a mesma qualidade (que já vinha caindo), os mesmos preços?
O silêncio que grita
O mais assustador é o silêncio das autoridades e a falta de diálogo com a população. Não há informações sobre os novos contratos, os critérios de seleção das novas empresas ou o destino dos funcionários que serão dispensados.
Quem vai cuidar dos pais e mães de família que sustentam suas casas graças a esses empregos?
Quem vai garantir que o povo não fique sem transporte digno e acessível?
Cadê a fiscalização? Cadê o governo? Cadê o compromisso com a mobilidade do povo baiano?
O povo merece respeito
O transporte público é um direito essencial. E o que está acontecendo é uma afronta ao direito de ir e vir. A população não pode ser tratada como passageira de segunda classe. O impacto dessa decisão não é só logístico — é social, econômico e emocional.
Enquanto os empresários encerram ciclos com mensagens poéticas nas redes, o povo vai dormir preocupado se terá como chegar ao trabalho no próximo mês.
REFLITA, COMPARTILHE E COBRE!
Quem lucra com esse silêncio? Quem sofre com essa decisão?
Não podemos normalizar que decisões assim sejam tomadas sem escuta pública, sem planejamento, sem respeito. O povo baiano merece transporte de qualidade, continuidade e transparência.
Compartilhe essa matéria, cobre dos seus representantes e ajude a dar voz a quem está sendo silenciado.
Foto: Internet







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