Festa Para Poucos, Dívida Para Muitos: A Indignação Silenciada dos Esquecidos
- Dimas Carvalho

- 20 de jun.
- 2 min de leitura

Por: Dimas Carvalho – Colunista do Jornal Papo de Artista Bahia e Ativista Socia
O mês de junho chegou, e com ele o brilho das festas juninas tomou conta das cidades. Palcos iluminados, fogueiras acesas, artistas milionários contratados a peso de ouro. Mas, por trás do som alto das bandas, há um outro grito — o grito silencioso dos que têm fome, dos que vivem sem saneamento, sem saúde, sem dignidade.
Em muitos municípios brasileiros, a maquiagem junina tenta esconder a podridão de uma gestão falida. Cidades mergulhadas em dívidas, com folha de pagamento atrasada, hospitais sucateados e escolas abandonadas, estão gastando milhões para bancar shows de artistas que jamais pisaram em suas periferias.
A Pergunta Que Ecoa: Onde Está o Ministério Público?
O povo quer saber:
Como cidades endividadas conseguem pagar cachês milionários enquanto falta comida na mesa das creches e remédio nos postos de saúde?
Quem fiscaliza essa farra com dinheiro público?
O que fará o Ministério Público diante dessa afronta?
Não se trata de ser contra a cultura. O São João é uma das festas mais lindas e legítimas do povo nordestino. Mas não é admissível que ela seja usada como cortina de fumaça para esconder a incompetência, o descaso e, muitas vezes, a corrupção.
A Dor de Quem Não Tem Palco
Enquanto isso, nas periferias e nas comunidades rurais, a realidade é outra:
Crianças estudando em escolas com telhados caindo.
Famílias esperando meses por um exame médico.
Gente dormindo no chão dos hospitais.
Mães enterrando filhos por falta de atendimento.
E o gestor? Esse sobe no palco, dança, posa para foto com celebridade, como se governar fosse uma festa — e o povo, um figurante descartável.
“Não há fogueira que apague a dor de um povo traído por quem deveria protegê-lo. Que a alegria do São João não sirva de palco para a vergonha pública.”
Compartilhe, reflita e cobre. O silêncio também é cúmplice.
Porque justiça social não se faz com show. Se faz com respeito, dignidade e responsabilidade.
Foto internet







Poucos são os que enxergam esse descaso , ou usam "cortinas de fumaça " . Lamentavel