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Fechamento de 122 unidades do Farmácia Popular em Salvador escancara drama silencioso do povo: e agora, quem vai pagar o preço?

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Por Nilson Carvalho – Jornalista, Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura, Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

 

A pergunta que o povo mais faz é: o que mais falta acontecer?

 

E essa pergunta dói. Porque cada vez que um direito é cortado, é o povo pobre que sente primeiro. E desta vez, o golpe veio certeiro: 122 farmácias populares foram descredenciadas só em Salvador. Na Bahia inteira, são 474 unidades a menos oferecendo medicamentos de graça ou com desconto. No Brasil, são mais de 9 mil farmácias fora do programa.

 

Sabe o que isso significa na prática?


Significa que dona Maria, que depende do remédio da pressão, vai ter que escolher entre comprar o medicamento ou pagar o gás.

Significa que seu José, que luta contra o Parkinson, talvez fique sem tratamento porque a farmácia mais próxima foi descredenciada.

Significa que a saúde do povo virou refém de irregularidades cometidas por quem deveria cuidar, e não roubar.

 

E a pergunta continua: quem vai pagar essa conta?

 

Segundo o Ministério da Saúde, o descredenciamento aconteceu após investigação de fraudes. Teve farmácia fantasma, empresa que nem era da área de saúde e estava vendendo remédio com CPF alheio, e até organização criminosa usando o programa para lavar dinheiro do tráfico internacional. É revoltante!

 

Quase R$ 40 milhões desviados, e adivinha quem paga a conta?


É o povo, sempre o povo. O que mais precisa acontecer pra que a saúde pública seja tratada com seriedade?

 

Como ativista social e defensor dos direitos do povo, deixo aqui um alerta: fiscalização é importante, sim. Fraude tem que ser combatida, sim. Mas o povo não pode pagar pelos erros dos outros.

 

O Farmácia Popular é um dos programas mais importantes para quem vive com pouco. Recentemente, o governo até ampliou os medicamentos gratuitos — agora tem até remédio pra colesterol, glaucoma, fraldas e absorventes. Isso é avanço. Mas como ter acesso se a farmácia credenciada mais próxima foi descredenciada?

 

Sem acesso, não há saúde. Sem saúde, não há dignidade.

 

A pergunta fica no ar:

Até quando o pobre vai ser penalizado pela corrupção alheia?

Até quando a saúde vai ser tratada como moeda de troca?

O que mais falta acontecer para a vida do povo valer alguma coisa?

 

 Compartilhe esta matéria. Dê voz a quem não tem vez.

 

 Quando o remédio falta, o sofrimento não espera. Que o povo não se cale. Que a justiça chegue.


Foto: Internet

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