ESCOLA DE SAMBA JUNINO: QUANDO A CULTURA VIRA INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL EM SALVADOR

Por Nilson Carvalho – Jornalista, Artista Plástico e Embaixador da Paz e dos Direitos Humanos

Salvador dá um passo histórico na valorização da cultura popular: a cidade ganha sua primeira escola de Samba Junino, no coração do bairro do Garcia. Mais do que uma inovação artística, esse marco representa um ato de resistência, inclusão e afirmação da identidade negra baiana.

O projeto nasce dentro do Instituto Cultural e Carnavalesco MUCUM’G, fundado por Nonato Sanskey, referência na luta pela preservação das raízes afro-brasileiras. A escola oferecerá oficinas gratuitas de percussão, canto, violão e expressão corporal, voltadas para crianças, jovens e adultos — especialmente os que vivem à margem das oportunidades.

Essa iniciativa vai além da música. Ela reconecta comunidades com suas raízes, promove autoestima, cidadania e oferece novas possibilidades a quem cresceu ouvindo que seu talento não tinha espaço.

Num Brasil onde os investimentos em cultura periférica ainda são tímidos e onde a juventude negra continua sendo a principal vítima da exclusão e da violência, ver o samba junino se transformar em ferramenta de educação e acolhimento é um grito de esperança.

Nonato Sanskey resume com precisão o papel da cultura na construção de um país mais justo:

“O Instituto MUCUM’G firma-se como um agente transformador, atuando como elo entre a tradição e a inovação artística. É a ponte entre o passado e o futuro, entre o território e a identidade.”

A escola de Samba Junino é, portanto, mais que um espaço de dança e música. É um território de afeto, cura, resistência e renascimento.

 Lançamento: Terça-feira, 17 de junho, às 16h

Local: Rua Padre Domingos de Brito, 4D – Garcia (Sede do Instituto MUCUM’G)

Que esta iniciativa inspire outras!

Porque onde há cultura, há vida. E onde há vida, deve haver dignidade.

Compartilhe, reflita, participe.

“Quando a arte ocupa o espaço, a violência perde o lugar.”

Foto: Internet