DESRESPEITO E ABANDONO: A VERGONHA DA REGULAÇÃO NA BAHIA
- Dimas Carvalho

- 23 de jul
- 2 min de leitura

Por Dimas Carvalho – Colunista do Jornal Papo de Artista Bahia e Ativista Social
Em pleno século XXI, enquanto se fala em avanços tecnológicos e políticas públicas humanizadas, a vida de um ser humano é reduzida a um número de protocolo. Esse é o caso do Sr. Roberto Carlos Gonçalves Campos, que está na UPA de Paripe, em Salvador, desde o dia 12 de julho. Hoje, quase duas semanas depois, segue debilitado, humilhado e invisível diante de um sistema de saúde que deveria salvar, mas que, na prática, mata pela espera.
O quadro é desesperador: ele está cuspindo muito sangue preto, sinal de uma condição gravíssima que exige atendimento imediato. Mesmo assim, a resposta da regulação é o silêncio. A cada hora, sua vida se esvai como se fosse apenas mais uma estatística.
A regulação, que deveria ser um instrumento de organização, virou uma roleta russa da morte. Cada dia que passa, Roberto Carlos agoniza, assim como tantos outros que ficam esquecidos em corredores de UPAs e hospitais, enquanto a burocracia e o descaso decidem quem merece viver.
Até quando a Bahia vai naturalizar essa tragédia?
Quantos mais terão seus últimos suspiros esperando uma vaga que nunca chega? Quantas mães, filhos e netos vão continuar chorando diante de um sistema que deveria proteger, mas escolhe quem sobrevive?
Os números são frios, mas a dor é real. A cada minuto, alguém perde a esperança. Aqui morre mais gente do que em muitas guerras ao redor do mundo.
O povo está entregue a Deus. Mas será que é só a Ele que devemos recorrer? Quem vai responder pelas vidas perdidas nessa regulação da morte?
Estamos denunciando. Estamos gritando. E não vamos nos calar.
Compartilhe esta história. Porque amanhã, a vítima pode ser você ou alguém que você ama.
“Quando a saúde falha, a humanidade inteira adoece.”
Fotos: Dona Adriana







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