Descontos indevidos no INSS: uma ferida silenciosa nos direitos do povo brasileiro
- Dimas Carvalho
- 28 de jun.
- 2 min de leitura

Por: Dimas Carvalho – Colunista do Jornal Papo de Artista Bahia e Ativista Social.
Em um país onde o idoso, o aposentado e o pensionista deveriam viver os anos da colheita com dignidade e paz, o que se vê, mais uma vez, é a dor da desinformação e da injustiça mascarada por sistemas digitais inacessíveis para muitos. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou nesta semana a notificar beneficiários sobre descontos indevidos em seus benefícios, por meio do aplicativo Meu INSS. Uma medida de reparação, sim. Mas que escancara outra ferida ainda mais grave: e quem não sabe acessar o aplicativo? Quem não tem internet, alfabetização digital ou sequer um celular?
As notificações informarão o valor descontado e o nome da entidade que recebeu o dinheiro. O segurado poderá contestar e pedir ressarcimento. Mas o processo exige autonomia digital. Mesmo com a opção de atendimento pela Central 135, de segunda a sábado, das 7h às 22h, quantos brasileiros sequer sabem da existência dessa linha?
O INSS ainda reforça que não envia e-mails, SMS ou faz ligações sobre o tema — o que é importante para se proteger de golpes — mas isso também implica em outra barreira: a ausência de notificações simples por meios tradicionais. Para milhões de brasileiros, o silêncio será tudo o que receberão. O problema vai muito além dos valores descontados: ele é estrutural, social e cruel.
Segundo o próprio órgão, mais de 27 milhões de segurados foram avisados recentemente de que seus benefícios não foram afetados. Agora, os que sofreram descontos serão notificados. E a pergunta é inevitável: e os que não têm acesso ao aplicativo? Ficarão à margem, mais uma vez?
O Brasil precisa urgentemente rever como a tecnologia é usada no serviço público. Porque quando o digital exclui os mais vulneráveis, ele deixa de ser solução e passa a ser instrumento de opressão.
REFLEXÃO FINAL:
“Justiça que não alcança o povo é só um luxo para poucos.”
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Se a resposta for não, então já temos um problema maior do que apenas um desconto indevido.
Foto: Internet
A reportagem diz tudo. O colunista é visionário. O idoso, o aposentado, o necessitado de apoio ao poder público vá ara da saúde está sempre a desejar. Parece esmolar direitos. Acordem políticos q deveriam dar rumo nessa situação. Muda Brasil! Urge mudar!