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Crianças são mutiladas em brinquedo de condomínio no Litoral Norte da Bahia


Pais disseram que filhos perderam partes dos dedos das mãos e dos pés

 

Uma criança de oito anos teve parte do dedo do pé amputada após se machucar em um brinquedo no condomínio Caminho do Rio em Barra do Jacuípe, bairro de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. O acidente aconteceu no último dia 18, no feriado da Sexta-feira Santa.

Pai do menino, o ajudante técnico Daniel Flávio Silva, disse que estava lavando o carro ao lado do filho quando ele pediu para andar de bicicleta no condomínio. Daniel autorizou, mas o proibiu de ir ao parquinho. O menino, que é esquizofrênico e autista, desobedeceu às ordens e acabou indo ao lugar.

 

Henzo Gabriel teve parte do dedo mindinho do pé direito multilada

Henzo Gabriel teve parte do dedo mindinho do pé direito multilada Crédito: Arquivo pessoal

“Ele sentou naquele brinquedinho que gira, enroscou o dedinho do pé na parte que estava enferrujada e veio a ter uma fratura múltipla exposta. Depois que aconteceu eu só ouvi o grito da minha vizinha e mandei minha esposa ir olhar. Quando ela chegou lá, entrou em desespero”, descreveu.

 

Após o ocorrido, os pais do menino o levaram ao Hospital Geral Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, onde ele fez uma cirurgia de emergência. Dias depois, Henzo Gabriel foi encaminhado para o Hospital Ortopédico do Estado da Bahia, no Cabula, onde fez outra operação para amputar parte do dedo mindinho do pé ferido na terça-feira (29). A criança segue internada na unidade hospitalar.

 

Acidentes são recorrentes

Segundo moradores do condomínio, o caso é o oitavo a acontecer no mesmo brinquedo. Em 5 de dezembro do ano passado, o filho da dona de casa Ingrid Oliveira teve parte do dedo indicador da mão amputada depois de brincar no carrossel. Iuri de Oliveira tem cinco anos.

 

“Ele estava brincando com uma menina no gira-gira e falou que colocou o dedo em um buraco e ela girou. Aí o dedo dele ficou preso e ele conseguiu arrancar, mas perdeu a primeira falange, a carne dele saiu. Só ficou a unha em pé”, relembrou a mãe.

 

Parte do membro de Iuri chegou a cair próximo do gira-gira na hora do acidente. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento de Arembepe e passou por cirurgia onde foi amputada a primeira falange do membro lesionado. Os médicos não conseguiram reconstruir a parte decepada.

 

Iuri perdeu a primeira falange do dedo indicador direito

Iuri de Oliveira perdeu a primeira falange do dedo indicador direito Crédito: Arquivo pessoal

Ingrid contou que essa foi a primeira e última vez que a criança brincou no playground. Ela não queria que o filho fosse ao local por conta do estado deteriorado no qual se encontrava, mas explicou que, naquele momento, ele acabou sendo influenciado por outras crianças. O incidente foi traumático para o garoto de cinco anos.

 

“Foi um tempo de sofrimento, porque ele não queria ver o dedo dele. Quando olhava para a mão, chorava e perguntava, ‘mainha, amanhã meu dedo vai voltar?’ Ele ficou traumatizado”, detalhou.

 

Problema antigo

A mãe falou que uma vizinha chegou a contatar a prefeitura na época em que o acidente aconteceu, mas nada foi feito. Os moradores disseram que se reuniram com a síndica do condomínio e vizinhos para remover o aparelho depois que Iuri se machucou, mas o brinquedo seguiu lá.

 

Além disso, os residentes afirmaram que o gira-gira estava sem manutenção desde a entrega dos apartamentos pelo programa Minha Casa Minha Vida, há cerca de 10 anos. Na praça onde ele está localizado, há um escorregador deteriorado com ferrugem e, nos arredores do playground, também existem bancos e árvores plantadas em pneus reciclados.

 

 

Reportagem completa no link abaixo:

 

 

 

Foto do(a) author(a) Yan Inácio

 

 

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