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Combustível da Corrupção: Justiça condena ex-prefeito por fraude e deixa pergunta no ar — quem paga essa conta?


Enquanto ruas esburacadas e ambulâncias sem gasolina fazem parte da rotina da população, o combustível em Antônio Cardoso abastecia outro motor: o da corrupção.


A Justiça Federal condenou o ex-prefeito de Antônio Cardoso (BA), junto com outros três envolvidos, por fraudes em uma licitação pública realizada em 2014. A denúncia, movida pelo Ministério Público Federal, revelou que o processo, que deveria garantir o fornecimento de combustíveis para veículos e máquinas da prefeitura, foi manipulado para favorecer uma empresa ligada à gestão.


A sentença impôs penalidades severas: suspensão dos direitos políticos por 8 anos, proibição de contratar com o poder público por 5 anos, e ressarcimento integral do prejuízo ao erário, estimado em R$ 57.770 — um valor que, se bem aplicado, poderia representar estradas melhores, merenda escolar digna, transporte para quem depende do SUS.


Em um Brasil onde falta tanto para tantos, a corrupção continua sendo um privilégio de poucos — sempre pagos com o suor dos que mais precisam.


O caso de Antônio Cardoso não é isolado. É um reflexo de um sistema adoecido, onde o público é tratado como propriedade privada, e a impunidade ainda tem cheiro de combustível fresco. A pergunta que não cala é: quantos mais ainda estão escondidos por trás da cortina da impunidade?


"A corrupção não começa com cifras, começa com o silêncio — e termina com a dignidade de um povo."


Foto: Internet

Texto: Jornalista Embaixador dos Direitos humanos Nilson Carvalho 

 

 

 
 
 

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