CLIMA EXTREMO NA BAHIA: ENTRE O FRIO CORTANTE E O CALOR ESCALDANTE, QUEM SOFRE É O POVO
- Nilson Carvalho

- 20 de jul.
- 2 min de leitura

Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos humanos
No último sábado (19), a cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, viveu uma realidade que revela muito mais do que números climáticos. Em apenas um dia, os termômetros marcaram 9,9 ºC na madrugada e 33,4 ºC durante o dia. Uma amplitude térmica de mais de 23 ºC. Frio cortante ao amanhecer, calor sufocante ao entardecer.
Esse fenômeno não é apenas uma curiosidade meteorológica. É um alerta. É o retrato de como as mudanças climáticas, somadas às características naturais do interior, afetam diretamente quem menos tem estrutura para se proteger. Diferente das cidades litorâneas, o interior da Bahia não conta com a maritimidade – o efeito moderador do oceano sobre o clima. O resultado é um vai e vem de temperaturas que desafiam o corpo humano, a agricultura, a economia e a saúde.
E quem paga o preço dessa oscilação brutal? O trabalhador rural que enfrenta o frio sem agasalho adequado. A criança em casa simples, sem proteção térmica. O idoso que sofre com problemas respiratórios agravados. É o pequeno agricultor, que vê suas plantações ameaçadas pelo estresse térmico e pela falta de políticas públicas que preparem o sertão para os novos extremos climáticos.
Diante disso, cabe refletir: até quando vamos tratar fenômenos como esse apenas como curiosidade de manchete? Até quando vamos ignorar que, por trás dos números, existem vidas vulneráveis?
“A criação geme e suporta angústias até agora” (Romanos 8:22) – e junto dela, os que dela dependem.
O frio de 9,9 ºC e o calor de 33,4 ºC em um único dia são mais do que estatísticas. São o grito silencioso do sertão, pedindo políticas climáticas sérias, infraestrutura, cuidado e respeito.
REFLITA E COMPARTILHE: Quando o clima oscila, quem mais sofre é quem menos tem. O que você está fazendo para proteger o planeta e quem vive nele?
Foto: Internet







Comentários