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Cinco meses de batalha: prefeito de Camaçari revela cenário caótico herdado e lança alerta sobre futuro da cidade



Na manhã desta quinta-feira, 15 de maio de 2025, o prefeito de Camaçari, em entrevista comovente e carregada de sinceridade, expôs o que classificou como um início de gestão “praticamente um terceiro turno eleitoral”. Em meio a um turbilhão de desafios, ele abriu o coração ao revelar os bastidores de uma administração que começou sufocada por limitações orçamentárias, chuvas devastadoras e uma herança financeira que ameaça a estabilidade do município.

Passei três meses com o orçamento travado”, relembrou o prefeito, visivelmente emocionado. “Encontramos o orçamento travado, só 2% de remanejamento possível.” Uma situação que, segundo ele, impediu o município de funcionar plenamente nos primeiros meses do ano. Somente em março, com decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, foi possível destravar parte desse nó que amarrava os braços da gestão.

Mas quando o alívio parecia chegar, a cidade foi surpreendida pelas fortes chuvas. “Mais de 400 notificações. Corrigimos boa parte, mas mapeamos o que ainda precisa ser feito”, contou. Por trás dos números frios, estão vidas, famílias desabrigadas, casas invadidas por lama, ruas destruídas. A cidade precisou se reerguer rapidamente, mesmo sem recursos suficientes e com o tempo jogando contra.

Em um tom conciliador, mas firme, o prefeito reconheceu os limites do seu poder e o papel da Câmara Municipal. “Tenho um respeito grande pela Câmara, como tenho pelo Judiciário. Somos Poderes independentes, mas precisamos dialogar.” A divisão política, com 11 vereadores na base e 12 na oposição, revela o cenário instável e a necessidade urgente de união para que a cidade não sofra ainda mais.

Mas talvez o golpe mais duro tenha sido a revelação de uma dívida bilionária herdada. “Mais de um bilhão em dívidas. Esta semana vamos pagar R$ 40 milhões de um empréstimo feito ao CAF. Em dezembro, mais R$ 40 milhões.” É um peso enorme para qualquer administração, especialmente uma que ainda luta para colocar os pés no chão após meses de paralisação.

Camaçari vive, hoje, um momento decisivo. A cidade pulsa, resiste, mas também sofre. E em meio a tantas dificuldades, uma pergunta inquietante ecoa entre as palavras do prefeito: Se em cinco meses a luta já foi tão grande… o que mais ainda está por vir?



Foto: Metropress/Victor Ramos

Por: Dimas Carvalho – Papo de Artista BAHIA

 
 
 

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