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Camaçari refém de vaidades: quando a política trai a amizade e enganar o povo

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Por: Dimas Carvalho – Colunista do Jornal Papo de Artista Bahia e Ativista Social.


No teatro político de Camaçari, o roteiro parece sempre o mesmo: promessas de união, alianças construídas nos bastidores e, no final, disputas de poder travestidas de preocupação com o povo. A recente entrevista do ex-prefeito Elinaldo Araújo (União Brasil), expondo publicamente sua mágoa com Flávio Matos, ex-presidente da Câmara e seu ex-aliado político, é mais um capítulo desse enredo onde os bastidores valem mais que a ética, e os acordos internos são tratados como prioridade, enquanto a população segue esquecida nas entrelinhas.

 

Quando a amizade vira moeda política


Em um tom de desabafo, Elinaldo não escondeu a frustração ao sugerir que Flávio estaria descumprindo um acordo político firmado para 2026. A fala é reveladora: em vez de discutir políticas públicas ou soluções para os problemas que afligem os moradores de Camaçari, o foco está em quem vai ser candidato, quem vai apoiar quem e como garantir posições de poder dentro do próprio grupo.

 

“O que aconteceu com a amizade?”, pergunta-se. Na política partidária brasileira, a resposta parece clara: a amizade morre quando o poder fala mais alto. Os valores de família, ética, lealdade e verdade são descartados como sobras de um discurso bonito, mas sem prática. Pior: são utilizados apenas como ferramenta de manipulação emocional para manter a aparência de moralidade.

 

Vermelho ou Azul: o teatro é o mesmo


Enquanto Elinaldo e Flávio duelam pelo controle do tabuleiro da oposição, o atual prefeito Luiz Caetano (PT), adversário direto, é citado como o único beneficiado pela desunião entre os antigos aliados. Isso revela a hipocrisia do jogo político local: não importa a cor do partido, o povo continua sendo apenas uma peça descartável nesse xadrez.

 

Os nomes mudam, as bandeiras mudam, os discursos se adaptam, mas as estratégias são sempre guiadas por vaidade, sede de poder e projetos pessoais. Nada de novo. Nem do lado azul. Nem do lado vermelho.

 

E o povo de Camaçari?

Esquecido. Mais uma vez.

Enquanto os políticos discutem quem vai ser candidato a deputado em 2026 ou prefeito em 2028, os problemas reais continuam: bairros sem infraestrutura, saúde precária, juventude sem oportunidade, insegurança nas ruas e uma cidade que clama por dignidade.

 

Quantas vezes mais vamos aceitar que os interesses de grupos políticos passem na frente dos interesses da população? Quantas vezes mais vamos ser plateia do mesmo teatro onde nos prometem protagonismo e entregam migalhas?

 

Leia. Compartilhe. Reflita. Você ama Camaçari e cobre dos seus vereadores mudanças.

Não se iluda: a política que briga por cargos e acordos internos, mas esquece o povo, não é oposição nem situação. É só mais do mesmo. De Deus ninguém esconde nada. E do povo, por muito tempo, também não vai se esconder mais.


Foto: Internet

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