Bradesco fecha agências na Bahia: tecnologia avança, mas o povo fica para trás
- Nilson Carvalho

- 9 de ago.
- 2 min de leitura

Por: Nilson Carvalho – Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura, Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro
Imagine ter que andar 50 km só para sacar seu próprio dinheiro. Parece exagero, mas é a realidade de muitos baianos desde que os bancos começaram a fechar agências em nome da “modernização”.
Nos últimos cinco anos, 134 agências fecharam na Bahia. Só o Bradesco demitiu quase 12 funcionários por dia no Brasil. É como se todo dia uma pequena agência inteira desaparecesse do mapa. E quem perde? Sempre o povo.
A desculpa é que “todo mundo está no digital”. Sim, o Pix é prático, o celular ajuda muito… Mas e quem não tem internet de qualidade? E o idoso que não sabe usar aplicativo? E o pequeno agricultor que precisa do banco para pagar e receber?
Para muita gente, o banco físico é mais que um prédio com caixa eletrônico. É o lugar onde o aposentado tira dúvidas olhando nos olhos de alguém. Onde o trabalhador resolve problemas sem ter que falar com um robô que não entende seu sotaque.
Em outros estados, como no Maranhão, a Justiça já mandou parar o fechamento de agências, entendendo que o direito de acesso ao serviço bancário é básico e precisa ser respeitado. Aqui na Bahia, o Sindicato dos Bancários está na luta para que a mesma medida seja adotada.
Mas precisamos falar a verdade:
Cada agência fechada é um pedaço da economia local que morre.
Cada demissão é uma família sem sustento.
Cada vez que você tem que viajar para resolver algo simples, o custo do banco se transfere para o seu bolso.
O avanço tecnológico não pode atropelar a dignidade humana. Modernizar é bom, mas excluir é crime silencioso.
REFLITA: “Se o progresso não alcança todos, não é progresso — é privilégio.”
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Foto: Internet







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