Bonecas Reborn e a Humanidade Desconectada: Quando o Afeto É Terceirizado
- Nilson Carvalho
- há 8 horas
- 2 min de leitura

Ontem, parei para assistir uma matéria no Fantástico. Confesso: pensei que estava perdendo meu tempo. Mas era necessário ver para crer. Bonecas. Bonecas Reborn, hiper-realistas, tratadas como bebês de verdade. Adultos as alimentando, colocando para dormir, saindo com carrinho de passeio como se fossem filhos. E aí me pergunto: será que enlouqueci… ou é isso mesmo que está acontecendo com a humanidade?
Estamos diante de um sintoma ou de um colapso emocional?
Enquanto milhares de crianças reais esperam, esquecidas em abrigos, o colo de uma mãe ou de um pai, vemos pessoas investindo tempo, afeto e dinheiro em bonecas de silicone. Bonecas que jamais vão sorrir de volta, dizer "eu te amo" ou crescer com dignidade. Quantas crianças poderiam estar sendo adotadas, cuidadas, amadas de verdade?
O que está por trás disso? A solidão extrema? O medo da responsabilidade real? A carência afetiva?
A neurociência já estuda essas relações com objetos humanizados e fala sobre o vínculo simbólico — um apego que tenta preencher vazios emocionais. Mas até que ponto isso é saudável? E quando o simbólico começa a substituir o real?
A grande pergunta é: as máquinas estão dominando o planeta ou foi o ser humano que perdeu a noção de si mesmo?
Não é apenas sobre bonecas. É sobre a inversão de valores. Sobre um mundo que humaniza o que não sente, enquanto desumaniza quem mais precisa.
Estamos trocando abraços reais por toques artificiais.
Estamos terceirizando o amor.
Será que ainda dá tempo de voltar? Ou vamos precisar de uma geração inteira de bonecas para nos mostrar que a vida real ainda importa?
Fica a reflexão. Fica o alerta.
Porque quem fecha os olhos para a realidade, corre o risco de viver num mundo de mentira. Nilson Carvalho
“Quando as bonecas tomam o lugar das crianças reais, é sinal de que a humanidade está desaprendendo a amar.” Nilson Carvalho
Fotos: Internet
Texto: Nilson Carvalho
Jornalista | Embaixador da Paz | Defensor dos Direitos Humanos I Escritor I Apresentador I Poeta I Artista Plástico I Ambientalista I Conselheiro de Cultura I Terapeuta I
Cadeira Acadêmica na AMCL, OMDDH, AIAP e Academia Mundial de Artes, Ciências e Letras do Brasil
Doutor Honoris Causa – Ordem dos Capelães do Brasil
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