Arqueólogos descobrem cidade submersa de mais de 3 mil anos
- Nilson Carvalho

- 7 de jul.
- 2 min de leitura

Por Nilson Carvalho – Jornalista, Ambientalista e Embaixador dos Direitos Humanos
Em tempos em que a humanidade corre, consome e se desconecta, o mar — este guardião profundo da memória da Terra — traz à tona um lembrete poderoso: a história resiste. E ela ainda tem muito a dizer.
Entre 2023 e 2024, arqueólogos de uma expedição internacional anunciaram a descoberta de uma cidade submersa com mais de 3 mil anos, nas águas do Mar Tirreno, próximo à costa de Campo di Mare, região do Lácio, na Itália. Escondida sob o silêncio salgado das profundezas, a antiga vila ou pavilhão portuário romano surpreende por sua preservação e complexidade arquitetônica.
Muros de pedra, ruas pavimentadas, fragmentos de cerâmica e até pavimentos com padrões em "espinha de peixe" (opus spicatum) foram encontrados. Uma construção circular de 50 metros de diâmetro, com paredes duplas e técnicas avançadas como o opus signinum e o cocciopesto, revelam o nível de sofisticação dessas civilizações esquecidas.
Essa cidade não é apenas uma relíquia — é um portal para o passado. Cada ruína conta sobre o cotidiano, o comércio, a arte e a espiritualidade de um povo que viveu, sonhou, construiu… e desapareceu.
Mas o que essa descoberta diz sobre o nosso presente?
Em um planeta onde patrimônios são destruídos por guerras, negligência, ganância ou mudança climática, encontrar uma cidade preservada sob as águas é mais que sorte arqueológica — é um chamado à consciência histórica e ambiental.
Vivemos uma era em que cidades contemporâneas costeiras correm risco de submersão, seja por desastres naturais ou pelas consequências do aquecimento global. O que hoje é ruína submersa pode ser, amanhã, a nossa realidade.
E ainda assim, como jornalista e defensor dos direitos humanos, lanço o alerta: o maior risco não é que cidades se afoguem no mar, mas que a humanidade se afogue no esquecimento.
"Quando uma cidade emerge do fundo do mar, não é só pedra que ressurge — é a memória daquilo que fomos, e o aviso daquilo que podemos perder."
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Foto: Internet







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