A PERGUNTA É: SUA VIDA VALE UMA SELFIE?
- Nilson Carvalho

- 2 de set.
- 2 min de leitura

Por: Nilson Carvalho – Jornalista, Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura, Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro
O que estamos fazendo com nossas vidas? Até onde vamos pela ânsia de mostrar ao mundo cada instante, cada risco, cada emoção? A trágica história de Elizaveta Gushchina, 45 anos, nos deixa essa pergunta que dói na alma: sua vida vale uma selfie?
No último sábado (30), em Pavlovsk, região de São Petersburgo, Rússia, Elizaveta caiu de uma torre de 90 metros enquanto tentava registrar uma foto. O acidente aconteceu logo após ela realizar um salto de bungee jump — um presente do filho de 22 anos, Nikita, para comemorar seu aniversário. Apesar de usar cordas de segurança, o equipamento não tinha comprimento suficiente, e a mulher morreu na frente do próprio filho.
O episódio não é apenas trágico, é um alerta social. Vivemos tempos em que o desejo de aparecer, de registrar cada momento, se sobrepõe à própria segurança, à prudência, à vida. As redes sociais transformaram cada ato em espetáculo, e muitas vezes pagamos um preço alto demais.
Para o povo das ruas, para os jovens que consomem tudo online, essa é uma lição dura: a vida não pode ser medida por curtidas ou compartilhamentos. Cada decisão arriscada pode ser irreversível, e os impactos vão muito além do indivíduo — atingem famílias, comunidades e corações.
Como ativista social, vejo neste caso a necessidade de educação e conscientização: falar sobre segurança, limites e responsabilidade, principalmente para quem é influenciado por tendências digitais e desafios perigosos. O acidente de Elizaveta deve ser mais do que notícia; deve ser um chamado à reflexão.
Reflexão final: a vida é o nosso bem mais precioso. Antes de buscar a foto perfeita, pergunte: vale arriscar tudo por um clique? Compartilhe esta história e faça todos ao seu redor pensar: qual é o preço real de uma selfie?
Foto: Internet







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