5 de Agosto – Dia da Capoeira: Patrimônio vivo da Bahia, orgulho do Brasil, resistência para o mundo!
- Nilson Carvalho

- 3 de ago.
- 2 min de leitura

Por Nilson Carvalho – Jornalista e Embaixador dos Direitos Humanos
Hoje, 5 de agosto, é dia de bater palma, girar o corpo e exaltar a força ancestral de um povo que nunca se curvou! É Dia da Capoeira, arte que nasceu das dores da escravidão e floresceu como um grito de liberdade que ecoa do recôncavo baiano para os quatro cantos do mundo.
Capoeira não é só dança, não é só luta. É cultura, é resistência, é identidade! Quem pisa num terreiro de capoeira pisa no chão da história do povo negro, pisa no suor dos mestres, pisa na esperança de gerações que resistiram para que hoje a gente pudesse celebrar.
Capoeira: arma de quem não podia pegar em arma
Na época da escravidão, os negros não podiam lutar, então disfarçaram a defesa em dança. A ginga, o berimbau, a roda... tudo isso era estratégia, era sobrevivência. Era forma de manter o corpo forte e o espírito aceso mesmo em meio às correntes.
A Capoeira foi criminalizada, perseguida, proibida. Mas nunca morreu. Ela sobreviveu porque foi cultivada no coração do povo. E hoje, ela está em escolas, praças, projetos sociais e até em palcos internacionais.
Da Bahia para o mundo
Hoje, a Capoeira é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, reconhecida pela Unesco. Em países como França, Japão, Alemanha e EUA, ela é ensinada, admirada e respeitada. Mas o mais bonito é que essa arte carrega, com ela, o sotaque, o axé, o gingado e o orgulho baiano.
E aqui na Bahia? Ainda falta valorização!
Sim! Ainda tem muito projeto social sem apoio, muito mestre esquecido, muita roda que resiste sozinha. A Capoeira forma jovens, tira crianças da rua, ensina disciplina, respeito e autoestima. Mas onde estão os incentivos?
O povo precisa entender: CAPOEIRA É EDUCAÇÃO, É SAÚDE, É TRANSFORMAÇÃO!
Capoeira é aula de história ao som do atabaque. É educação física com alma. É psicologia na prática. É combate ao racismo na roda. É empoderamento na palma da mão. Quem entende isso, nunca mais desvaloriza um mestre, um toque de berimbau, uma ginga no asfalto.
A voz de um ativista
Como ativista dos Direitos Humanos, afirmo: valorizando a Capoeira, a gente valoriza o povo preto, a cultura de raiz e a juventude periférica.
Não é sobre passado, é sobre futuro! É sobre entender que a Capoeira continua salvando vidas, construindo pontes e mantendo viva uma memória que querem apagar.
Que o Dia da Capoeira não seja apenas uma data no calendário, mas um lembrete de que a liberdade se aprende na roda, e o respeito se ensina no jogo.
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Fale com um mestre, vá a uma roda, leve seu filho pra conhecer.
E nunca se esqueça:
"Quem não valoriza suas raízes, vive como folha solta no vento."
Foto: Internet







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