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ÓDIO À LUZ DO DIA: Tiroteio em celebração religiosa choca o mundo e reacende alerta global sobre intolerância

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Por: Nilson Carvalho – Papo de Artista Bahia

 

O que era para ser um momento de fé, união e celebração terminou em sangue, pânico e luto. A praia de Bondi, um dos cartões-postais mais famosos da Austrália, virou cenário de horror neste domingo (14/12), quando um tiroteio durante a celebração judaica de Hanukkah deixou ao menos 12 pessoas mortas e dezenas de feridos. Um ataque brutal, à luz do dia, diante de famílias, turistas e crianças.

 

A cena escancara uma ferida que o mundo insiste em ignorar: o avanço do ódio, da intolerância religiosa e da violência armada, que não respeitam fronteiras, crenças nem vidas inocentes.

 

Terror em meio à fé

 

Centenas de pessoas celebravam o Hanukkah — festa que simboliza luz, resistência e esperança — quando dois homens armados com fuzis abriram fogo. Um dos atiradores foi morto no local; o outro ficou ferido e acabou preso. Ao todo, mais de 40 ambulâncias e helicópteros foram mobilizados para socorrer as vítimas.

 

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, foi direto ao classificar o crime como terrorismo. “Vamos erradicar o ódio, a violência e o terrorismo”, afirmou. Mas a pergunta que ecoa entre o povo é dura: quantas tragédias ainda serão necessárias para que essa promessa vire realidade?

 

Um alerta que já havia sido dado

 

Embora as autoridades ainda não confirmem oficialmente que o ataque teve como alvo específico a comunidade judaica, líderes da Associação Judaica da Austrália foram enfáticos ao afirmar que se trata de “uma tragédia previsível”. Ou seja: os sinais estavam aí, os alertas foram dados — e mesmo assim, vidas foram perdidas.

 

O presidente de Israel, Isaac Herzog, também se manifestou, declarando solidariedade aos judeus australianos. Líderes mundiais, como Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, enviaram condolências às famílias das vítimas.

 

Quando a violência vira rotina, o povo perde

 

A brutalidade do ataque levanta um debate urgente e necessário: até quando eventos religiosos, culturais e públicos continuarão vulneráveis à violência extrema?


Quando o ódio encontra armas, quem paga a conta é sempre o povo comum — trabalhadores, famílias, jovens, idosos — pessoas que só queriam celebrar a vida.

 

A identificação preliminar de um dos suspeitos como um jovem desempregado reacende outro ponto sensível: o abandono social, a radicalização e a falência das políticas de prevenção. Violência não nasce do nada. Ela é cultivada no silêncio, na exclusão, no discurso de ódio normalizado.

 

Não é um problema distante

 

Engana-se quem pensa que isso é “problema de outro país”. A intolerância religiosa cresce no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Quando um ataque como esse acontece e não gera reflexão profunda, ele abre caminho para o próximo.

 

A dor das famílias australianas hoje é um aviso global: sem diálogo, educação, políticas públicas e combate firme ao extremismo, a violência continuará atravessando fronteiras.

 

Que a luz do Hanukkah não seja apagada pelo ódio. Que essa tragédia nos faça refletir, cobrar autoridades e defender a vida acima de qualquer intolerância.

O que você pensa sobre o avanço da violência e do ódio religioso no mundo? Comente, compartilhe e faça sua voz ecoar.

 

Foto: Internet


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