Uma luz no fundo do túnel – José Cupertino Filho o Colunista

O Brasil acompanha com apreensão e ansiedade, o desenrolar dos fatos com referência ao tarifaço imposto por Donald Trump às exportações brasileiras para os Estados Unidos.

Os motivos alegados para que o governo americano tomasse essa medida contra o Brasil, ficam um tanto confusos, pois na carta mandada por Trump ao governo brasileiro, estão inseridos assuntos que fogem da seara econômica, como por exemplo vincular essa taxação aos procedimentos do judiciário.

Para se sentar à uma mesa para negociações, deve-se entender o que pode ou deve ser negociado, pois se a conversa tem que ser entre os poderes executivos dos respectivos países, não pode ser tratado nessa mesa assuntos que sejam da responsabilidade do judiciário, pois cada poder tem as suas prerrogativas e respondem pelos seus atos.

O que esperamos para esse momento, e um esforço do governo brasileiro para uma solução que evite a implantação dessa tarifa, que por certo trará prejuízos para os setores alcançados por ela.

O que nos chega ao conhecimento é que além, dos parlamentares e do vice-presidente que se deslocaram para os EUA, também está havendo um esforço conjunto dos setores envolvidos tanto os exportadores do Brasil, quanto os que importam e comercializam esses produtos nos Estados Unidos, para os importadores acionarem as autoridades americanas, usando dispositivos judiciais, que regulamentam as medidas que podem ou não ser tomadas nesse particular.

E paralelo a isso, devem os representantes dos poderes constituídos que viajaram para essa negociação, conseguirem falar com interlocutores do governo americano, não para se curvarem ou se humilharem, mas usar o bom senso, que deve ser a tônica da diplomacia, e consigam, um acordo de suspensão da medida ou postergação da mesma, ganhando assim os setores atingidos, mais tempo para tentar a relocação dos seus produtos em outros mercados, caso as negociações não evoluam para uma solução definitiva.

O que não se pode ter como primeira opção é o endurecimento e a reciprocidade das tarifações, pois nessa queda de braços, o BRASIL tem muito mais a perder.

Quanto as outros problemas apontados por Trump, que são da responsabilidade do judiciário, o judiciário que responda por eles.

Cada qual no seu cada qual.

Que DEUS dê juízo e ilumine quem precisa ser iluminado.

Até breve e um forte abraço

José Cupertino Filho