UMA HOMENAGEM QUE TRANSBORDOU HISTÓRIA E EMOÇÃO
- Nilson Carvalho

- há 10 horas
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Por: Nilson Carvalho – Papo de Artista Bahia
O evento reuniu nomes importantes da cultura da cidade, como o presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, além de familiares, amigos e admiradores da eterna baiana.
Para Fernando Guerreiro, a homenagem é mais que justa:
“A baiana de acarajé é um patrimônio... Esta é a primeira efígie de uma baiana de acarajé em Salvador. As pessoas vão ver a imagem de Cira e buscar saber mais sobre ela. É reconhecimento.”
E não parou por aí. A inauguração ganhou um toque ainda mais especial com a presença das Ganhadeiras de Itapuã, herdeiras vivas da tradição local, e o Malezinho, projeto do Malê Debalê que fortalece a ancestralidade entre os jovens.
POR QUE ESSA HOMENAGEM IMPORTA PARA O POVO?
Como ativista social e crítico da realidade cultural brasileira, é impossível não enxergar o peso desse gesto.
1. Memória preservada é identidade fortalecida
Quando a cidade ergue uma efígie como essa, está dizendo ao povo:
“Vocês têm história, vocês têm raiz, vocês têm valor.”
2. Reconhecimento das mulheres negras que constroem Salvador
Ser baiana de acarajé é mais que trabalhar — é manter viva uma tradição ancestral africana, carregada de fé, saber e resistência feminina.
3. Cultura gera renda e movimenta vidas
O tabuleiro de Cira não só alimentou corpos, mas alimentou a economia local.
A homenagem reacende o turismo, valoriza Itapuã e mantém viva uma cadeia cultural que beneficia toda a comunidade.
4. Mostra que o poder público pode — e deve — fortalecer quem faz cultura de verdade
Uma ação como essa inspira outras políticas de valorização. E quando o povo é visto, o povo cresce.
CIRA: UM NOME QUE O TEMPO NÃO APAGA
Jaciara de Jesus partiu no dia 4 de dezembro de 2020, aos 70 anos.
Mas seu legado, seu tabuleiro, seu sorriso e sua força continuam servidos quentinhos na memória de cada soteropolitano.
Como disse Vagner Rocha, da FGM:
“Eternizar essa mulher é eternizar Salvador. Essa entrega é emblemática.”
Cira não fez apenas acarajé.
Fez história, fez identidade, fez Salvador ser ainda mais Salvador.
“Comente e compartilhe: quem mantém viva a nossa cultura jamais pode ser esquecido.”
Foto: Internet







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