TRAGÉDIA NA RIBEIRA EXPÕE O LADO SOMBRIO DOS JET SKIS NA BAHIA: O PRAZER QUE PODE VIRAR PESADELO
- Nilson Carvalho

- há 4 dias
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Por: Nilson Carvalho – Papo de Artista Bahia
A morte do empresário Carlos Antônio, o querido Cacau, chocou Salvador e reacendeu um alerta que muita gente insiste em ignorar: pilotagem irresponsável de jet ski pode matar — e está matando.
O acidente aconteceu à noite, fora do horário permitido, e escancarou uma realidade dolorosa: na Baía de Todos-os-Santos, a imprudência virou rotina… e a fiscalização não dá conta de tanta infração.
Segundo a Marinha do Brasil, pelas mãos da Capitania dos Portos, as irregularidades se repetem como um roteiro já conhecido:
condutores sem habilitação;
documentos vencidos;
motos aquáticas não registradas;
velocidade acima do permitido;
desrespeito à distância mínima dos banhistas;
e o mais grave: navegação noturna, totalmente proibida.
Só este ano, 76 motos aquáticas foram apreendidas, um número assustador quando comparado às quase quatro mil registradas na região. E ainda assim, a sensação é de que estamos enxugando gelo.
Cacau, mesmo habilitado, pilotava à noite, quando bateu em um barco de pesca na Praia da Ribeira. Em segundos, a diversão virou desespero, e coube aos banhistas o resgate desesperado do casal que estava no jet ski.
O instrutor e especialista Renato Queiroz, fundador da Nina Náutica, faz um alerta que deveria ecoar em toda Salvador:
álcool + jet ski = tragédia anunciada.
Ele lembra que o mar, ao contrário da estrada, não tem acostamento, não tem como pedir ajuda rápido, e qualquer falha pode custar vidas.
E mesmo assim, muitos seguem arriscando tudo — a própria vida, a dos passageiros e a de trabalhadores do mar que apenas cumprem sua rotina.
Como ativista social, digo sem rodeios:
Não é “acidente”. É negligência. É imprudência. É falta de respeito com a vida.
A sociedade precisa debater com seriedade, e o poder público precisa fiscalizar com rigor. O lazer não pode continuar custando sangue.
No fim, fica a pergunta que ninguém quer fazer, mas todos precisam ouvir:
Quantas vidas mais precisamos perder para que a responsabilidade vença a imprudência?
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Foto: Internet







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