Tragédia em Família: Quando a Infância se Perde na Violência

Por: Jornalista Nilson Carvalho. Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura – Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

Um caso que choca o Brasil e levanta perguntas difíceis: até onde vai a falta de diálogo, o abandono social e a ausência de estrutura familiar? Em Parelheiros, extremo sul de São Paulo, uma mãe, Caline Arruda dos Santos, 37 anos, perdeu a vida de forma brutal ao ser esfaqueada pelo próprio filho, de apenas 9 anos, após pedir que ele parasse de brincar na rua.

Testemunhas relatam que, já ferida, sangrando, Caline ainda pediu um “último abraço” ao menino, em um gesto que mistura dor, amor e despedida. O caso não é apenas uma tragédia individual, mas um retrato cruel das falhas sociais que atravessam o nosso país.

Onde estamos errando?

Vivemos em uma sociedade que oferece pouco suporte às famílias. Crianças expostas à violência cotidiana, ao abandono emocional, à falta de acompanhamento psicológico e educacional acabam crescendo sem limites claros, sem apoio e sem acolhimento. O que deveria ser diálogo vira conflito, o que deveria ser cuidado vira dor.

Esse crime não pode ser visto apenas como uma manchete policial. Ele escancara a urgência de políticas públicas para famílias vulneráveis, acompanhamento psicológico nas escolas, projetos sociais que resgatem a infância e o fortalecimento da base mais importante de todas: a família.

O impacto para o povo

Se nada mudar, todos nós seremos atingidos. Não apenas pelas manchetes trágicas, mas por uma geração de jovens que cresce sem direção, sem empatia e sem esperança. Essa dor não é só da família de Caline, mas de todos nós que assistimos, paralisados, à infância se transformar em violência.

É hora de refletir, cobrar das autoridades, e, acima de tudo, abraçar nossas crianças antes que seja tarde demais.

“Se uma mãe pede um último abraço ao ser ferida pelo próprio filho, o que nós, como sociedade, estamos deixando de abraçar?”

Foto: Internet