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Texas em Luto: Quando a Natureza Grita e a Humanidade Chora

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Por Nilson Carvalho – Jornalista, Ambientalista e Embaixador dos Direitos Humanos

 

A tragédia que assola o estado do Texas, nos Estados Unidos, vai muito além dos números — ela fere a alma coletiva da humanidade. As enchentes-relâmpago que devastaram a região desde o feriado de 4 de julho já ceifaram 91 vidas, entre elas crianças, adolescentes e monitoras, vítimas inocentes de um colapso climático que se torna cada vez mais cruel e imprevisível.

 

O acampamento cristão feminino Camp Mystic, outrora um espaço de convivência, espiritualidade e alegria, foi completamente destruído pela força das águas do Rio Guadalupe, que subiu impressionantes 9 metros em apenas duas horas. A fúria do rio transformou o local em cenário de dor. 27 meninas e monitoras morreram ali, e outras 10 continuam desaparecidas.

 

A cidade de Kerr, a mais atingida, contabiliza sozinha 75 mortes, mais de 20 delas de crianças. Em todo o estado, as buscas seguem ininterruptas, com familiares, voluntários e profissionais arriscando suas vidas em um esforço coletivo de resgate e de esperança, apesar do céu continuar carregado — meteorologistas preveem mais chuva nos próximos dias.

 

Mas o que essa tragédia nos revela, para além do luto?

 

Ela escancara a vulnerabilidade humana diante de desastres naturais cada vez mais intensos — reflexo direto da emergência climática global. Também nos confronta com o abandono das estruturas de prevenção, a falta de planos de evacuação em áreas de risco e a impotência de governos diante do imprevisível.

 

Como embaixador dos direitos humanos, é preciso denunciar que cada morte evitável representa uma falha do sistema. Crianças não deveriam morrer soterradas por lama. Monitoras não deveriam desaparecer em acampamentos sem plano de emergência. Famílias não deveriam ter que enterrar seus filhos por negligência e despreparo.

 

O que aconteceu no Texas poderia ser em qualquer lugar. Poderia ser aqui.

É hora de entender que tragédias climáticas não têm fronteiras — e que a dor de um país deve comover e mobilizar todos os outros.

 

"Quando a água leva vidas, que ela traga também consciência. Porque nenhuma tragédia natural justifica a omissão humana."

Compartilhe. Reflita. Ajude a ecoar essa dor — para que ela não se repita em silêncio.


Foto: Internet

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