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Tesouro milenar encontrado no fundo de um rio: o que os lingotes da Bósnia revelam sobre o passado e o futuro da humanidade

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Por: Jornalista Nilson Carvalho – Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura, Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

 

Imagine mergulhar nas águas de um rio e encontrar, não apenas pedras ou areia, mas um tesouro de mais de 2 mil anos. Foi exatamente isso que aconteceu na Bósnia, no rio Sava, onde arqueólogos localizaram o maior reservatório de lingotes da Idade do Ferro já registrado na Europa.

 

Esses lingotes, datados entre os séculos I e II antes de Cristo, estavam guardados pelo tempo e pelas águas, como se a própria natureza tivesse protegido a memória de um povo. A descoberta não é só arqueológica: é um convite para refletirmos sobre quem fomos, quem somos e para onde caminhamos como humanidade.

 

 Por que isso importa?

 

Porque cada pedaço desse metal conta uma história. Ele revela que a região de Posavina, hoje quase esquecida pelos grandes centros, já foi um polo de comércio e produção. Mostra que nossos antepassados dominavam técnicas avançadas de metalurgia e mantinham relações comerciais que conectavam povos diferentes, muito antes de a globalização existir.

 

 E o impacto para o presente?

 

A ciência nos ensina que preservar a história não é luxo, é necessidade. Quando se descobre um tesouro desses, o mundo todo ganha. Não apenas os estudiosos, mas qualquer pessoa que compreenda que respeitar o passado é o único caminho para construir um futuro com identidade, dignidade e pertencimento.

 

Esse achado também nos lembra de uma dura realidade: enquanto povos antigos criavam redes de trocas, muitas vezes pacíficas, nossa geração ainda insiste em guerras e divisões. A arqueologia nos sacode, nos mostra que a verdadeira riqueza não está em acumular, mas em compartilhar.

 

Um marco para todos nós


O trabalho dos arqueólogos da Bósnia não deve ser visto apenas como um evento distante. Ele nos chama a lutar para que, aqui no Brasil, nossa história também seja valorizada. Da ancestralidade indígena aos quilombos, das culturas locais às tradições esquecidas, nossa memória precisa ser preservada com o mesmo cuidado dado a esses lingotes guardados em água destilada.

 

Porque sem memória, não há identidade. Sem identidade, não há futuro.


Foto: Internet

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