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Tensão no Norte? Brasil reforça fronteira após decisão militar da Venezuela

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Por: Jornalista Nilson Carvalho — Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura, Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

 

Enquanto o povo brasileiro enfrenta problemas sérios no dia a dia — desemprego, inflação, violência e descaso na saúde — uma movimentação intensa está acontecendo longe dos olhos da maioria: o Brasil está reforçando suas fronteiras no Norte, especialmente em Roraima, depois que militares da Venezuela se aproximaram da divisa.

 

A história é vendida como “treinamento” das Forças Armadas, mas o pano de fundo é muito mais complexo. Por trás dessa tensão está a disputa bilionária pelo petróleo da margem equatorial, um tesouro escondido no subsolo da tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. A Venezuela e a Guiana brigam pelo território de Essequibo, e o Brasil, que oficialmente defende a paz, não esconde o interesse estratégico e econômico na região.

 

E o povo, onde entra nisso?

Quando militares se movem e armas cruzam fronteiras, não são apenas questões de segurança nacional que estão em jogo — é também sobre como isso afeta comunidades locais, indígenas, ribeirinhos e trabalhadores que vivem ali. Uma escalada de tensões pode significar mais presença militar, restrições de circulação, medo e até deslocamento de famílias.

 

Por outro lado, o governo vende a narrativa de que essa movimentação garante a soberania nacional e protege a Amazônia, ainda mais com a proximidade da COP 30, que será no Pará. Mas há quem veja nisso também um ensaio para futuras explorações de petróleo, algo que pode trazer riqueza ou destruição, dependendo de como e por quem for conduzido.

 

Operação Atlas: músculo militar à mostra


Marinha: 4.619 militares, 46 embarcações, 247 viaturas blindadas e 12 helicópteros.

 

Exército: 3.607 militares, 434 viaturas, 40 blindados e 7 helicópteros.

 

Força Aérea: 410 militares, 21 aeronaves e 3 satélites.

 

São quase 9 mil homens e mulheres em uniforme, com datas já marcadas para simulações de combate terrestre, fluvial e aéreo. Tudo isso é caro. Muito caro. E enquanto bilhões vão para essas operações, quantos hospitais e escolas poderiam ser construídos?

 

É claro que um país precisa defender suas fronteiras. Mas também é preciso perguntar: estamos realmente defendendo o povo ou apenas protegendo interesses econômicos?

 

 “Não existe soberania verdadeira quando o povo não participa das decisões que moldam o seu destino.”


Foto: Internet


2 comentários


Convidado:
17 de ago.

Parabéns pela matéria jornalística, Nilson Carvalho!

Realmente "há muitas situações desafiantes" a caminho...

Fico muito preocupada, inclusive, com a possibilidade do aumento do descaso, dos assédios e outros tipos dolorosos de abusos que poderão ocorrer com as populações, principalmente as ribeirinhas e indígenas.

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Convidado:
10 de ago.

É assim caminha a humanidade.🤷🏿

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