“Silêncio no soul: morre D’Angelo, o homem que fez o mundo sentir com a alma — e nos ensinou que a música também chora”
- Nilson Carvalho

- 14 de out
- 2 min de leitura

Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura, Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro
O mundo amanheceu mais silencioso. O coração da música negra moderna parou de bater nesta terça-feira (14). D’Angelo, ícone do neo-soul, se despediu aos 51 anos, após uma longa e corajosa batalha contra um câncer de pâncreas. Um artista que não apenas cantava — ele curava, libertava e transformava através da sua voz.
Conhecido por sua genialidade e por sua entrega quase espiritual à música, Michael D’Angelo Archer foi um divisor de águas na história do R&B. Ele deu alma ao som, deu corpo ao sentimento e devolveu ao mundo o poder do sentir.
D’Angelo começou nos bastidores, escrevendo para outros artistas, até que o destino o colocou na linha de frente com o lendário álbum Brown Sugar (1995), que mudou para sempre o rumo da música soul. Em seguida veio Voodoo (2000), uma verdadeira obra-prima que fez o planeta dançar e refletir ao mesmo tempo, e Black Messiah (2014), um grito político e espiritual que ecoa até hoje.
Foi mais do que um cantor — foi um mensageiro de um tempo em que a arte ainda tinha propósito.
D’Angelo uniu fé, sensualidade e revolução num mesmo acorde. Sua voz era como um templo: quem ouvia, sentia. E quem sentia, jamais esquecia.
Com quatro prêmios Grammy e uma legião de fãs e artistas influenciados — de Erykah Badu a Bruno Mars —, o astro nos deixa um legado que ultrapassa gerações e estilos. Ele não fez apenas música, ele fez história.
Mas sua partida também nos faz pensar sobre a fragilidade da vida e o quanto o talento, por maior que seja, ainda é humano, ainda sente dor, ainda se despede.
No fundo, D’Angelo não morre. Ele apenas mudou de palco — agora canta para o universo.
“Ele se foi, mas sua voz ainda vibra dentro de quem sente. A música não morre, apenas muda de frequência. Compartilhe para que o legado de D’Angelo nunca se cale.”
Foto: Internet







Comentários