Show de Desrespeito? Prefeito de Jequié Critica Atitude de Ana Castela e Levanta Reflexão Sobre Prioridades e Humanidade
- Nilson Carvalho

- 27 de jun.
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Por Nilson Carvalho – Jornalista, Embaixador da Cultura e dos Direitos Humanos
Jequié, interior da Bahia. Um palco iluminado, fogos no céu, a multidão em festa. Mas por trás das luzes do São João, uma sombra se espalhou. Não por falha técnica, mas por ausência de humanidade. A cantora Ana Castela, uma das atrações mais esperadas do evento, foi duramente criticada pelo prefeito da cidade, Zé Cocá (PP), após, segundo ele, demonstrar indiferença ao carinho do público — especialmente das crianças.
Durante coletiva realizada nesta quinta-feira (26), o prefeito relatou, visivelmente abalado, que a artista dificultou o acesso de fãs mirins nos bastidores do evento, impôs restrições como a proibição de celulares, e sequer se dispôs a tirar fotos com as crianças que a esperavam com o coração cheio de sonhos.
“Foi uma confusão conseguir tirar foto com apenas dez crianças. Vi menino chorando. Isso me partiu o coração”, disse Cocá, indignado.
“Quero repudiar. Ela precisa respeitar esse público. Eu tiraria foto com todas”, completou.
O contraste que ninguém quer ver
Enquanto o Brasil inteiro comenta o episódio, cabe uma reflexão que vai além do comportamento de uma estrela pop. O show foi pago com dinheiro público. Com recursos que poderiam ser investidos em saúde, educação, transporte ou segurança. E quando uma apresentação pública — bancada pelo povo — não entrega nem empatia, o problema não é só de postura artística: é de prioridades éticas.
Quantos leitos novos foram abertos neste mês em Jequié? As escolas municipais estão equipadas? Os postos de saúde contam com remédios suficientes? Os ônibus chegam aos bairros mais distantes com regularidade? Porque se a resposta for "não", há algo muito errado em onde estamos colocando os aplausos — e o orçamento.
E o silêncio da artista?
Até o fechamento desta reportagem, Ana Castela não se pronunciou sobre o episódio. Em suas redes, limitou-se a um genérico: "Obrigada pelo carinho, Jequié
O que deveria ser uma noite de alegria se transformou em frustração para muitas crianças que, em sua pureza, sonharam com uma simples foto. E saíram de mãos vazias, carregando uma tristeza que nem a música mais animada consegue apagar.
Para refletir:
“De que vale o brilho do palco, se quem te aplaude no escuro não é sequer enxergado?”
Compartilhe e pense: a cultura só cumpre seu papel quando caminha de mãos dadas com o respeito e a dignidade.
Foto: internet







Creio que o prefeito se perdeu, contratar artistas que não tem nada a ver com o São João, não poderia esperar outra atitude deles. E a saúde, educação como estão.?