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Salvador sem água: quando o povo sofre calado e os impactos vão muito além da torneira seca

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Por: Dimas Carvalho – Colunista e Ativista Social

Na próxima terça-feira (5), Salvador e mais 12 cidades da Região Metropolitana vão viver um verdadeiro apagão hídrico. A Embasa confirmou que toda a capital baiana terá o fornecimento de água interrompido, afetando milhões de lares, com a promessa de que a manutenção preventiva vai evitar problemas maiores no futuro.

 

Mas a pergunta que ecoa nas periferias, nas comunidades e nas casas de quem vive com o básico é: quem vai proteger o povo mais vulnerável dessa seca programada?

 

A promessa da Embasa: prevenção para evitar colapso

Segundo a empresa, a ação envolve 500 trabalhadores, divididos em 50 frentes de serviço, com obras que vão da captação na barragem de Pedra do Cavalo até os sistemas de distribuição nos bairros mais altos de Salvador. O objetivo, segundo eles, é garantir segurança hídrica e evitar panes maiores no futuro.

 

É verdade: manutenção é necessária, assim como uma revisão é essencial para um carro não parar no meio do caminho. Mas... e o povo que já vive no limite?

 

O impacto real nas comunidades

Quem mora em bairros periféricos já convive com a baixa pressão e interrupções frequentes no abastecimento. Agora, com essa parada total, o sofrimento será ainda maior. Não é exagero dizer que, para muita gente, água guardada em balde será o único recurso para cozinhar, tomar banho e até beber.

 

E mesmo com a promessa de retorno gradual ainda na noite do dia 5, a normalização pode levar até 48 horas. Isso significa dois dias de aperto para famílias que muitas vezes nem reservatório têm.

 

A Embasa diz que disponibilizará carro-pipa mediante solicitação. Mas será que esse serviço vai mesmo alcançar todas as áreas carentes? E os idosos, mães solo, pessoas com deficiência, que nem sempre conseguem fazer um simples pedido pelo telefone?

 

A responsabilidade social vai além dos canos

Como ativista social, denuncio a invisibilidade de quem mais sofre com medidas técnicas como essa. A água, além de direito essencial, é questão de dignidade! Essa ação precisa ser acompanhada de um plano emergencial eficaz, com distribuição real de água em áreas mais críticas e com a presença do poder público nas ruas, ouvindo o povo e garantindo que ninguém fique sem.

 

Não é só sobre conserto de tubulações, é sobre cuidar de vidas.

 

"De que adianta melhorar a estrutura, se quem mora nela está desmoronando por dentro?"


Compartilhe esta matéria, faça ecoar a voz do povo. Só juntos podemos cobrar respeito, dignidade e políticas públicas que incluam todos — e não deixem ninguém com sede de justiça.


Foto: internet

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