top of page

“Salvador clama por socorro: medo, descaso e violência tomam conta da Praça Ana Lúcia Magalhães — o coração ferido da Pituba”

ree

Por: Nilson Carvalho – Jornal Papo de Artista Bahia

 

A Bahia de Dorival Caymmi, do “vamos passar uma tarde em Itapoã”, parece cada vez mais distante. O que antes era sinônimo de paz e poesia virou palco de violência, medo e impunidade. A tradicional Praça Ana Lúcia Magalhães, na Pituba — lugar de encontros, famílias e risadas — hoje é marcada por assaltos, sequestros e sangue derramado.

 

Na última quinta-feira (6), a nutricionista Tâmara Ferreira foi sequestrada e agredida ao deixar o carro para jantar com colegas. Levada pelos criminosos, foi obrigada a fazer transferências bancárias e só conseguiu pedir socorro na manhã seguinte. Um episódio cruel que expôs o caos silencioso que há tempos os moradores vêm denunciando.

 

“A gente deixou de frequentar a praça. A insegurança virou rotina. O posto policial foi tirado, o carro da polícia sumiu. Estamos entregues”, desabafa uma moradora há mais de 30 anos no bairro.

 

Essa praça, que deveria ser símbolo de convivência e lazer, tornou-se um retrato fiel do abandono. E não é de hoje. Em 2024, tiroteios, esfaqueamentos e assaltos aterrorizam famílias. Crianças se jogando no chão para escapar de balas, trabalhadores voltando pra casa com medo — uma rotina que destrói o direito básico de viver com dignidade.

 

“O DHPP foi embora e o medo ficou. Quando a polícia estava aqui, a gente respirava aliviado. Agora, nem isso”, disse outra moradora.

 

A cerca de 180 metros da praça, a delegacia que antes garantia segurança foi desativada, deixando um vazio que os criminosos ocuparam sem demora. Trabalhadores relatam a indiferença de agentes diante de pedidos de ajuda. “Uma colega foi assaltada e ouviu dos policiais que eles não podiam fazer nada”, contou uma diarista.

 

Enquanto isso, a violência ganha território e o silêncio das autoridades ecoa. Nem a Polícia Civil, nem a Militar responderam aos questionamentos da imprensa.

 

 A Praça que virou símbolo do medo

 

O que antes era o coração pulsante da Pituba agora bate acelerado pelo medo. As histórias se repetem, as vítimas mudam, mas a sensação é a mesma: o povo abandonado à própria sorte.

 

De 2023 a 2025, os casos se acumulam: assaltos a farmácias, sequestros, esfaqueamentos e tiroteios em plena luz do dia. As ruas, antes cheias de vida, agora respiram desconfiança.

 

Onde está o poder público que jurou proteger o cidadão?

Cadê o policiamento que o povo paga com seus impostos?

Será que a segurança virou privilégio de poucos?

 

A verdade é que o medo se espalhou — e com ele, a saudade da “antiga Bahia”, aquela que cantava, dançava e vivia sem trancas e grades.

 

Olhar de um ativista social


A insegurança que assola Salvador é reflexo de uma ferida social mais profunda: falta de investimento, descaso com a população e ausência de políticas públicas que garantam o mínimo — o direito de ir e vir com segurança.

 

Enquanto o povo sofre, a impunidade cresce e o medo cala vozes. Mas é preciso reagir, denunciar, cobrar e exigir respeito.

 

A Bahia pede socorro, e o povo clama por dignidade. A violência não pode ser normalizada — nem esquecida.”

 

 “Você ainda se sente seguro nas ruas da Bahia? Comente, compartilhe e faça essa denúncia ecoar. O silêncio é o maior aliado da violência!”

 

Quer a Bahia de volta? Então grite junto com o povo.

 

Foto: Internet


  • Youtube
  • Instagram
  • Facebook

©2025 Papo de Artista Bahia - Todos os direitos autorais reservados.​

(71) 98682-7199
bottom of page