Rugiu como leão e mordeu como gato

Ontem, assistimos mais um capítulo do espetáculo, que o presidente Donald Trump vem protagonizado para mundo.

Com essa atitude de ameaçar estabelecer taxas a países pelo mundo afora, ele tem se transformado no protagonista mais importante da terra no atual momento.

No caso específico do Brasil, para o qual ele havia estabelecido uma taxa de 50% para todos os produtos, ontem ele trouxe a público a decisão que vai vigorar à partir do dia primeiro, e para supresa e decepção dos que queriam ou esperavam o pior, pois para alguns seria um prato cheio para as pretensões políticas, usar esse episódio, para pousar como grande defensor do Brasil, contra a “arrogância Ianque”

vem uma lista de com mais de seiscentos produtos que continuam com as taxas anteriores.

Bem, agora os defensores do governo vão dizer que essa decisão, foi fruto da estratégia de negociação do presidente, que fez Trump recuar, criarão uma narrativa para que o chefe do executivo seja visto como um grande estrategista, e o pior é que alguns vão acreditar.

Mas a verdade tem que ser dita, o que o governo americano mostra com essa atitude é que eles têm nas mãos o controle da situação e que apertam ou folgam o torniquete de acordo com seus interesses e conveniências, os produtos colocados nessa exceção, são os que a eles interessam manter os preços para o mercado americano.

Outro fato que tem que ser levado em conta é que nesse mesmo dia, Trump, impõe ao ministro Moraes as sanções da lei MAGNITSKY, o que deixa claro que, ele está desvinculando a parte econômica, dos procedimentos contra a democracia, e que dispõe de ferramentas para continuar essa outra frente de batalha contra o Brasil.

Tanto assim que coloca o ministro na mesma prateleira onde estão ditadores como Maduro, para quem ele oferece, uma recompensa de 25 milhões de dólares pela sua captura.

Então, precisamos continuar observando, quais serão, as reações dos outros poderes da república, em relação a essa ação contra um membro do poder judiciário, que vem provocando toda essa situação de apreensão e desconforto com as atitudes que tem tomado nesses últimos anos, se não com a conivência, pelo menos com a aceitação dos outros poderes, o que está provocando uma ruptura com os princípios democráticos.

Pelo visto Trump, não vai parar por aí, se não houver por parte das autoridades brasileiras, indicativos de que precisa-se recolocar o país nos trilhos da democracia, ainda veremos outras retaliações.

Por enquanto no campo da economia ele rosnou como um leão, mas mordeu como um gato.

DEUS que entre na causa e dê discernimento aos que devem decidir.

Até breve e um forte abraço

José Cupertino Filho