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Reinventar negócios: histórias de pessoas que ‘se viraram’ na pandemia


Há quem relembre das estradas esvaziadas, da invasão torrencial às unidades de saúde, da clausura social forçosa e do pânico que pairava em milhares de brasileiros durante os três anos que se arrastava a pandemia da Covid-19. Em meio aos estarrecedores minutos em meio ao anos pandêmicos, sobraram aqueles que vivenciaram na pele todo o caos causado pela doença.

 

A história reforça a necessidade de manter acesas as marcas que a tragédia deixou no Brasil: 714 mil mortes, segundo dados do Ministério da Saúde, sequelas em mais de 65% de brasileiros, de acordo com estudo da Vital Strategies e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e diversos negócios, antes iniciados por meio de um sonho, de repente, com portas fechadas.

 

Durante a pandemia, mais de 2,8 milhões de companhias do setor de serviços vislumbraram o fechamento de portas, antes iniciadas por meio de um sonho. Levantamento da plataforma Neoway, empresa da B3 de Big Data Analytics e Inteligência Artificial para negócios, aponta que dessas, mais de 3,2 milhões encerraram suas atividades no mesmo período.

 

Um dos primeiros setores a parar as atividades em meio ao lockdown (restrição obrigatória que impede a circulação em lugares públicos), e um dos últimos a retomar o funcionamento, o ramo de eventos, responsável por pouco mais de 4% do PIB brasileiro, sente até hoje os efeitos negativos da pandemia. Somente em 2020 e 2021 - anos picos da difusão do vírus - o setor deixou de faturar ao menos R$ 230 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape).

 

É o caso de João Luiz, que não somente foi forçado a postergar o seu sonho, mas o de milhares de pessoas. Promotor de eventos, decorador e cenógrafo de grandes eventos na Bahia, João alimentou desde criança o desejo de atuar no ramo e fugir do fadário pedagógico prevalente em sua família: decidiu que não estava destinado às salas de aula.

 

Uma simplista recordação, que ficaria permanente na memória do decorador, pressagiaria o seu destino: “Não me lembro qual, mas era um camarote que eu ficava babando, comprava a revista Caras, Quem e Contigo! para poder ver o Carnaval daqui de Salvador promovido por Lícia Fábio [empresária do ramo de eventos, referência em Salvador]”, inicia ele.

Ele recorda especificamente de uma chuva torrencial que destruiu o teto deste camarote. “Lícia Fábio montou um camarote da noite para o dia. Foi então que eu me apaixonei, e quando eu disse: "Eu não quero mais fazer nada de escola. Eu quero trabalhar com eventos", brinca o promotor.

 

Ele aferrou-se a esse sonho e o alimentou até que pudesse abrir a sua própria empresa de promoção de eventos em Salvador, a SIS Eventos, que há mais de seis anos, assina a decoração de casamentos, aniversários, festivais, camarotes e entre outros. Durante a pandemia, a empresa, que iniciou com sete colaboradores, presenciou a diminuição de recurso humano, para dois funcionários. Essa foi, entretanto, um dos inúmeros efeitos negativos causados pela reclusão.

 

Assista a entrevista de João Luiz

 

João viu todos aqueles sonhos serem desfeitos, e mais que isso, estragados. Durante o lockdown, todos os materiais que seriam utilizados nos eventos esvaíram-se diante do arrastar-se da pandemia.

 

“Os nossos planos, os projetos que já estavam no forninho para sair, tiveram que ser deletados. Foram para o lixo e perdemos material. Tínhamos um depósito, onde uma equipe cuidava, quando ficamos sem dinheiro para mantê-los, precisamos devolver o espaço após mais de 2 anos com os materiais parados. Quando desfizemos dos materiais, perdemos muita coisa porque começou a dar mofo", disse João Luiz.

 

 

 

Reportagem completa no link abaixo:


 

Por Carla Melo

 

 

 

 

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