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Quem Cuida Também Adoece: 40% dos Médicos Sofrem em Silêncio com Depressão, Ansiedade e Burnout no Nordeste

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Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura, Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

 

Eles cuidam da nossa saúde, mas quem cuida da deles? Uma pesquisa alarmante revelou que quase 40% dos médicos no Nordeste sofrem com doenças mentais como depressão, ansiedade e burnout. Profissionais que salvam vidas diariamente estão sendo destruídos por dentro, vítimas de jornadas exaustivas, salários atrasados, falta de condições básicas de trabalho e da ausência de tempo para viver com dignidade.

 

O estudo da Afya expõe um cenário preocupante: os jovens médicos e, principalmente, as mulheres são os mais atingidos. A sobrecarga, a violência nos locais de trabalho e a dupla jornada — cuidar dos pacientes e da própria família — tornam a saúde mental dessas profissionais um campo de batalha silencioso.

 

Se no Brasil o índice de médicos com diagnóstico de transtornos mentais chega a 45%, no Nordeste os números parecem menores apenas porque muitos deixam de procurar ajuda. Isso revela não menos sofrimento, mas uma cultura de resistência e silêncio, onde admitir fragilidade é visto como fraqueza. E essa mentalidade, somada às péssimas condições impostas pelo sistema, cria uma bomba-relógio que explode dentro dos hospitais e consultórios.

 

Segundo o presidente do Cremeb, Otávio Marambaia, a situação é insustentável: médicos estressados, adoecidos e muitas vezes sem receber pelos serviços prestados. Não é apenas uma questão profissional, é um drama humano e social. Afinal, se aqueles que cuidam da nossa saúde estão fragilizados, como garantir atendimento digno à população?

 

Esse não é um problema só da classe médica. É um problema de todos nós. Um médico adoecido significa um sistema de saúde ainda mais frágil, onde quem sofre é o povo que precisa de atenção, acolhimento e tratamento.

 

É urgente repensar as condições de trabalho, cobrar das autoridades soluções reais e romper o silêncio que ainda aprisiona tantos profissionais.

 

“Se quem cuida da gente está adoecendo, quem vai cuidar do futuro da nossa saúde?

Leia, compartilhe e reflita — juntos podemos mudar essa realidade.”

Foto; Internet


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