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“Quantas Crianças Precisarão Morrer para que uma Boneca Seja Atendida?”


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Ela chegou à UPA às pressas, pedindo ajuda. O “bebê” em seus braços estava com muita dor. Chorava? Não. Era de silicone.

Mas, para o cérebro dela, era real.

 

Essa jovem não estava brincando. Estava lutando silenciosamente contra uma dor invisível, que não se cura com remédio, nem repouso: a dor da mente.

 

Segundo a neurociência, o cérebro não distingue totalmente o que é simbólico do que é real quando existe um forte apego emocional. E foi isso que aconteceu: uma jovem com depressão avançada, sozinha, em surto, ativou seu instinto mais primitivo — o de proteger uma vida.

 

Essa história, que para muitos virou meme, é um alerta grave.

Estamos adoecendo como sociedade. E enquanto o Brasil corta recursos da saúde mental e empurra para a virtualidade até as profissões mais humanas, as pessoas estão gritando por socorro — do jeito que conseguem.

 

A pergunta que dói e que precisa ser feita é:

 

Quantas crianças reais precisarão morrer ou adoecer, para que a sociedade entenda que cuidar da mente é tão urgente quanto cuidar do corpo?

 

Essa jovem viu vida onde havia borracha.

Quantos de nós estamos vendo plástico onde há gente?

  

Foto: Internet

Texto: Jornalista Nilson Carvalho

 

 
 
 

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