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Quando o poder escolhe o ataque, é a humanidade que sangra: a diplomacia perdeu a voz?

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Por: Jornalista, Embaixador da Paz e dos Direitos Humanos

 

Em um cenário internacional já saturado pelo medo, pelas tensões geopolíticas e pela banalização da dor humana, mais uma tragédia se anuncia — não com a explosão de bombas, mas com a implosão do diálogo.

 

Neste sábado, o mundo testemunhou mais um capítulo sombrio da história moderna: os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, atacaram três instalações nucleares no Irã, acendendo um pavio que ameaça incendiar não apenas o Oriente Médio, mas a própria noção de paz e estabilidade global.

 

O silêncio das ruas contrasta com o grito abafado de inocentes que pagarão o preço de uma guerra que não pediram.

 

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, foi direto: “Há um risco crescente de que este conflito saia rapidamente do controle — com consequências catastróficas para os civis, a região e o mundo.” Quando a mais alta voz da diplomacia global alerta para o colapso iminente da ordem mundial, a pergunta que ecoa é: quem vai ouvir antes que seja tarde demais?

 

Enquanto isso, o Irã, acuado e ferido, clama por justiça. Em carta formal ao Conselho de Segurança, o embaixador iraniano denuncia a violação do direito internacional, a agressão premeditada e a afronta à soberania de um país já massacrado por décadas de embargos, sanções e intervenções.

 

“Ações selvagens e criminosas”, disse o Irã. Mas talvez a maior selvageria seja continuar tratando a vida humana como peça descartável de um tabuleiro político, onde quem morre nunca é quem declara a guerra — mas sim, os filhos, os pais, as mulheres e os anônimos da periferia do mundo.

 

O presidente Trump, por sua vez, chamou o ataque de "ação de alta precisão", com o objetivo de “quebrar as pernas do Irã”. Mas o que se quebra, na realidade, é muito mais que a estrutura de um país. O que se estilhaça é a esperança de um planeta que pede socorro e recebe misseis. O que se fere é a alma da humanidade.

 

A paz não é um discurso, é uma escolha. E neste momento, ela está sendo negada.

É preciso dizer: não existe vitória onde civis morrem. Não existe heroísmo onde o sangue escorre dos olhos de mães, e o medo vira idioma comum entre crianças que crescem já sabendo diferenciar o som de um drone e o de um trovão.

 

Se o Conselho de Segurança da ONU continuar falhando em conter o avanço da violência promovida por potências armadas, que segurança resta para o mundo? E mais: quem controla os controladores?

 

O mundo está à beira de um abismo. A escolha é clara: ou construímos pontes de diálogo ou empurramos a humanidade para o fundo do poço da barbárie.

Frase de despertamento para reflexão e compartilhamento:

“Toda guerra começa onde termina o respeito pela vida. E toda paz nasce quando alguém escolhe ouvir antes de atacar.”

Compartilhe. Reflita. Que sua voz seja resistência contra o silêncio da omissão.

Foto: Internet

 

1 comentário


Mestre Alemão Senzala Brasil.
22 de jun.

Que a paz seja sempre o lema maior. Que os homens ainda possam ser racionais. Que pensem em seus liderados, em suas famílias, em seus filhos, num mundo melhor. Que a diplomacia impere, a comunicação, o bom senso, o dar um passo atrás, para poder caminhar sempre. E na luz do Criador.

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