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“Quando o chão vira ameaça: as quedas que silenciam a vida de milhares de idosos no Brasil”

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Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura – Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

 

No Brasil, 1 em cada 3 idosos com mais de 65 anos cai pelo menos uma vez por ano. Entre os que já passaram dos 80, metade sofre pelo menos uma queda anual. Mas o que assusta não é apenas a estatística: é o silêncio com que a sociedade encara esse problema, como se fosse algo “natural” da idade.

 

A verdade é dura: cair não é destino, é acidente — e acidentes podem e devem ser prevenidos.

 

Uma queda em um idoso pode ser o início de um ciclo cruel: fraturas graves, traumas na cabeça, perda da autonomia, depressão e até complicações fatais, como trombose e pneumonia, causadas pela imobilidade. Para muitos, o tombo é o primeiro passo para a perda da independência e, infelizmente, da qualidade de vida.

 

 Por que isso acontece?

 

Fraqueza muscular e desequilíbrio;

 

Problemas de visão e audição;

 

Remédios que causam tontura ou sonolência;

 

Doenças como Parkinson, diabetes e demência;

 

Casas inseguras, com tapetes soltos, pisos escorregadios e pouca iluminação.

 

E a prevenção? Está em nossas mãos!

Pequenas mudanças salvam vidas:

 

Instalar barras de apoio no banheiro e corrimãos em escadas;

 

Retirar tapetes soltos e organizar móveis;

 

Manter a casa bem iluminada;

 

Incentivar exercícios que fortalecem o corpo e o equilíbrio, como caminhada, dança ou tai chi chuan;

 

Revisar remédios e fazer consultas regulares de visão e audição.

 

E quando a queda já aconteceu?

 

Se houver desmaio, dor intensa, sangramento ou suspeita de fratura, a regra é clara: não mexa na vítima e chame ajuda imediatamente pelo SAMU (192) ou Corpo de Bombeiros (193).

 

O olhar do ativista social

Quando falamos de quedas em idosos, não estamos falando apenas de saúde. Estamos falando de respeito à vida, dignidade e cuidado com quem abriu os caminhos antes de nós. Prevenir quedas é, acima de tudo, um ato de amor e responsabilidade social.

 

O envelhecimento não deve ser sinônimo de medo e insegurança. Cabe a cada família, comunidade e ao poder público transformar esse cenário. Se ignorarmos, continuaremos perdendo histórias, abraços e memórias que poderiam durar muito mais.

 

"Cada barra de apoio instalada, cada tapete retirado, cada gesto de cuidado pode ser o que separa a vida da morte de quem amamos. Prevenir quedas é salvar histórias inteiras."

 

Foto: Internet

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